A Lista de Leitura dos 7 Pecados Capitais: SOBERBA

POSTADO POR: Maldito qui, 28 de novembro de 2013

Mesmo
que você siga rigorosamente todo o conjunto de leis que nos rege e ainda
pratique os dez mandamentos cristãos a risca, ainda assim, sempre estará a
mercê de cometer ao menos um dentre os 7 pecados capitais. 
Fazer o quê?!… É a
sina do ‘ninguém é perfeito’.
Os
sete pecados capitais são quase tão antigos quanto o cristianismo. Mas eles só
foram formalizados mesmos no século 6, quando o papa Gregório Magno, tomando
por base as Epístolas de São Paulo, definiu como sendo sete os principais
vícios de conduta: Gula, Luxúria, Avareza, Ira, Soberba, Preguiça e
Inveja
.
Mas
dentro da literatura, temos que admitir que são esses vícios que tornam certos
personagens e histórias realmente interessantes e dignos da nossa atenção. Pensando nisso, o DpM inicia
aqui uma serie de listas literárias baseadas nos pecados capitais, começando
pela SOBERBA, que até pode ser o menos divertido dos
pecados, mas que com certeza garante uma longa queda ao inferno.
Se esse for o seu vício, temos algumas sugestões de livros sobre o assunto que talvez possam te interessar…

-Orgulho
e Preconceito
, de Jane Austen

A
chegada de um jovem solteiro e rico à vila de Longbourn causa um grande
alvoroço na família Bennet, cujas cinco filhas – a bela Jane, a sensata
Elizabeth, a culta Mary, a imatura Kitty e a desvairada Lydia – foram criadas
com um único propósito na vida: encontrar um bom marido. 
Orgulho
e Preconceito, livro que a própria autora considerava “seu filho mais
querido”, foi publicado originalmente em 1813, e atravessou os séculos
dotado de uma assombrosa vitalidade. Além de uma das mais comoventes histórias
de amor já escritas, é uma brilhante comédia de costumes e um estudo profundo
da sociedade de seu tempo. A plena compreensão do mundo feminino e o domínio da
forma e da ironia fizeram de Jane Austen uma das mais notáveis e influentes
romancistas de sua época.
-O
Retrato de Dorian Gray
, de Oscar Wilde
Em
1891, quando foi publicado em sua versão final, O Retrato de Dorian Gray foi
recebido com escândalo e provocou um intenso debate sobre o papel da arte em
relação à moralidade. Alguns anos mais tarde, o livro foi inclusive usado
contra o próprio autor em processos judiciais, como evidência de que ele
possuía “uma certa tendência” no caso, a homossexualidade, motivo
pelo qual acabou condenado a dois anos de prisão por atentado ao pudor. 
Mais
de cem anos depois, porém, o único romance de Oscar Wilde continua sendo lido e
debatido no mundo inteiro, e por questões que vão muito além do moralismo do
fim do período vitoriano na Inglaterra, definida por um dos personagens do
livro como “a terra natal da hipocrisia”.
Seu
tema central um personagem que leva uma vida dupla, mantendo uma aparência de
virtude enquanto se entrega ao hedonismo mais extremado tem apelo atemporal e
universal, e sua trama se vale de alguns dos traços que notabilizaram a melhor
literatura de sua época, como a presença de elementos fantásticos e de grandes
reflexões filosóficas, além do senso de humor sagaz e do sarcasmo implacável
característicos de Wilde.


-A Nascente
, de Ayn Rand

Apesar
da pressão social, profissional e financeira para que se adapte aos modelos
estabelecidos, Roark luta para combater três tipos de indivíduos: os
tradicionalistas, que, presos ao passado, não conseguem ver as inovações
propostas pelo jovem visionário; os conformistas, que, incapazes de atender à
própria vontade, aceitam passivamente as regras e os valores definidos por
outras pessoas; e os parasitas, que rejeitam o herói autoconfiante, que vive
para si próprio e não se deixa explorar por ninguém.
Disposto
a aceitar as responsabilidades e as consequências do pensamento independente,
Roark observa os fatos e os julga sem levar em conta a opinião pública, pois
não precisa da aprovação social. Ele é um individualista, confia nos próprios
pensamentos para chegar a suas conclusões – e, justamente por isso, é um homem
livre.
Uma
das obras-primas de Ayn Rand, A Nascente trata do conflito entre os criadores e
todos aqueles que vivem às suas custas, apenas repetindo, imitando e absorvendo
tudo o que eles fazem. Provavelmente mais atual hoje do que na década de
1940, quando foi publicado nos Estados Unidos, este livro apresenta uma das
ideias mais desafiadoras já narradas em uma ficção: a de que o ego do homem é a
nascente do progresso humano – a fonte de todas as suas realizações e
conquistas.
-O
Velho e o Mar
, de Ernest Hemingway
Depois
de anos na profissão, havia 84 dias que o velho pescador Santiago não apanhava
um único peixe. Por isso já diziam se tratar de um salão, ou seja, um azarento
da pior espécie. 
Mas
ele possui coragem, acredita em si mesmo, e parte sozinho para alto-mar, munido
da certeza de que, desta vez, será bem-sucedido no seu trabalho. Esta é a
história de um homem que convive com a solidão, com seus sonhos e pensamentos,
sua luta pela sobrevivência e a inabalável confiança na vida. 
Com
um enredo tenso que prende o leitor na ponta da linha, Hemingway escreveu uma
das mais belas obras da literatura contemporânea. Uma história dotada de
profunda mensagem de fé no homem e em sua capacidade de superar as limitações a
que a vida o submete.
-O
Vôo da Rainha
, de Tomás Eloy Martínez
“O
Vôo da Rainha” é a crônica de um crime e de uma pátria. Fiel ao estilo
ficção/não-ficção, o autor concebeu uma história que atravessa de 1997 a 2001,
´uma metáfora do que acontece na República do Prata´.
Como
protagonistas, Camargo e Reina. Diretor do mais importante jornal da capital, o
Diário de Buenos Aires, Camargo está empenhado numa verdadeira cruzada contra a
corrupção nos altos escalões do governo. Com a mesma virulência e vaidade,
apaixona-se por Reina. 
Camargo
está nesta batalha, mas o faz para demonstrar que é mais forte que o poder.
Para ele, a busca da informação é a busca do poder. Já Reina é ambiciosa e se
entrega ao chefe por curiosidade.
-Wolf
Hall
, de Hilary Mantel
A
Inglaterra da década de 1520 está a um passo do desastre. Sem herdeiros,
Henrique VIII deseja anular seu casamento e desposar Ana Bolena, salvando assim
o país da guerra civil. Porém, a saga em busca da liberdade do rei destrói seu
conselheiro, o brilhante Cardeal Wolsey, e deixa um vácuo de poder.
É
nesse cenário conturbado que Thomas Cromwell, gênio político e sedutor, rompe
todas as regras de uma sociedade rígida em sua ascensão ao poder, e se prepara
para quebrar outras mais. Confrontando o parlamento, as instituições políticas
e o papado, ele está pronto para remodelar a Inglaterra segundo seus próprios
desejos e os do rei, mas sabe que um único erro seu pode significar a morte.
-Amsterdam,
de Ian McEwan
Com
Amsterdam, Ian McEwan passou a ser reconhecido como um dos grandes nomes da
literatura inglesa contemporânea. O livro, premiado com o Booker Prize em 1998,
tem seu aprofundamento naquilo que é a marca registrada do autor: thrillers em
que as escolhas dos personagens revelam seu verdadeiro caráter e constroem uma
crítica social.
A
trama consiste de uma fábula moral sobre dois amigos: Clive Linley, compositor
de música erudita, e Vernon Halliday, jornalista. Ambos estão em momentos
cruciais de suas vidas. Clive precisa concluir uma sinfonia para a virada do
milênio que, espera, irá consagrá-lo. Vernon é editor do importante, mas
decadente, jornal The Judge. Após o funeral de Molly Lane, ex-amante de ambos
que sofreu um longo e humilhante declínio mental antes de morrer, os dois fazem
um pacto: caso um deles venha a padecer da mesma agonia, o outro deve
libertá-lo, facilitando a eutanásia.