A Lista de Leitura dos 7 Pecados Capitais: AVAREZA

POSTADO POR: Maldito ter, 17 de dezembro de 2013

Recentemente
lançamos aqui uma série, que promete garantir sua passagem literária para o
inferno, com a lista de leitura dos 7 Pecados Capitais. E dando
continuidade a esse projeto, após passarmos pela Soberba, agora abordaremos a
transgressão favorita dos rappers americanos: AVAREZA.
Dos
clássicos ao contemporâneo, o dinheiro sempre será um inegável argumento
para histórias dramáticas. Se esse for o
seu vício, temos algumas sugestões de livros sobre o assunto que talvez possam
te interessar…
#A
Pérola
, de John Steinbeck
Embora
seja um dos livros mais conhecidos de John Steinbeck, “A Pérola” traz
uma trama simples: um casal de pescadores descobre a maior pérola do mundo, que
desperta neles, e nas pessoas que vivem em um povoado no litoral do México,
sentimentos e desejos vis. 
Analisando
friamente a obra: Kino é o homem comum em sua jornada do herói em busca da
sorte. Ele é o protetor e provedor; o médico que se recusa a ajudar a criança
representa o pecado da avareza; os perseguidores que querem roubar a pérola
representam a má-fé. E o escorpião que pica a criança no início é um símbolo do
mal.

#Ganância, de Martina Cole

Aclamada
por seu texto afiado e direto, Martina Cole é uma das poucas autoras de
thriller que tem a coragem de mostrar a realidade como ela é. Em Ganância  ela
cria um romance sobre ambição, e revela, sem pudores, até onde estamos dispostos
ir para realizar nossos desejos mais íntimos.
Freddie
Jackson acaba de sair da prisão, achando-se o rei do submundo. Uma espécie de
Dom Corleone de Essex, com conexões milimetricamente orquestradas em seus anos
atrás das grades. No entanto, a última coisa que Jackie, esposa de Freddie,
deseja é ter o marido de volta: as repreensões, a violência doméstica e as
inúmeras amantes. Cada vez mais amarga e emocionalmente instável, Jackie
observa a vida perder toda a graça e sentido. Ao mesmo tempo, ela percebe que
sua irmã mais nova, Maggie, vai muito bem. Apaixonada por Jimmy, primo de
Freddie, Maggie está determinada a não acabar como a irmã. Famílias deveriam
permanecer sempre unidas. Entretanto, por trás de portas e janelas fechadas, a
inveja e a traição podem corromper e devastar a vida de todos seus integrantes.

#Terapia -Avareza, de Ariel Dorfman

O
empresário Graham Blake tem filhos exemplares, negócios bem-sucedidos, uma vida
perfeita, mas não é feliz. Não dorme, mal se alimenta, sofre dores terríveis.
Em seu desespero, busca uma cura radical em um remédio enigmático: durante 30
dias, por meio de microfones e câmeras escondidas, Graham tem o poder de
controlar o destino de uma família que sequer o conhece.
Neste
livro sobre a avareza, escrito especialmente para a Coleção Plenos
Pecados
. Ariel Dorfman nos convida a uma viagem tempestuosa e divertida
pelos desejos, manias e neuroses de Blake. Ao aceitar o tratamento nada
ortodoxo do Instituto de Terapia Virtual, Graham Blake arrisca tudo
para chegar à origem de seus problemas. 
A
cada virada inesperada da narrativa. O talento do autor revela o duelo insano
do homem com seus pecados mais íntimos.

#Canção de Natal, de Charles Dickens

Dickens
escreveu essa história aos 31 anos, quando já era famoso, e aproveitou algumas
lembranças da infância pobre: quando seu pai foi preso por dívidas, o menino
Charles vendeu os livros que tinha e foi trabalhar numa fábrica. Anos depois
uma herança iria melhorar a situação da família, mas ficaram as marcas no
futuro escritor. 
Nessas
páginas notáveis, o sovina Ebenezer Scrooge recebe uma lição de amor e boa
vontade, o que lhe dá a chance de evitar um futuro de aridez e
abandono. Numa véspera de Natal ele recebe a visita de seu ex-sócio Jacob
Marley, morto havia sete anos naquele mesmo dia. Marley diz que seu espírito
não pode ter paz, já que não foi bom nem generoso em vida, mas que Scrooge tem
uma chance, e por isso três espíritos o visitariam. 
Após
a visita dos fantasmas, Scrooge amanhece como um outro homem. Passa a amar o
espírito de Natal, e a ser generoso com os que precisavam, e a ajudar seu
empregado Bob Cratchit, tornando-se um segundo pai para o pequeno Tim.

#O Falcão Maltês, de Dashiell Hammett

Gananciosos aventureiros
fazem de tudo para possuir o Falcão Maltês, uma relíquia valiosa que está sendo
transportada do Oriente até a cidade de São Francisco, na Califórnia. E nesse
trajeto não hesitam em mentir, trair e matar para alcançar seus objetivos.
O
detetive particular Sam Spade entra nessa batalha quando seu sócio é
assassinado depois de se envolver com uma jovem sedutora e esperta. Imune a
ilusões sentimentais, habituado a lidar com gangsters e policiais
corruptos, Spade arma um jogo sutil de alianças e traições, decidido a
sair vencedor. Preserva noções elementares de justiça, mas está disposto a ir
até o limite.
Com
a linguagem direta das ruas e o realismo de quem foi detetive particular,
Dashiell Hammlett fez de O Falcão Maltês o romance policial mais famoso do
século XX.
#O
Santo e a Porca
, de Ariano Suassuna
O
Santo e a Porca é uma peça teatral, do gênero comédia, escrita pelo escritor
Ariano Suassuna em 1957, abordando o tema da avareza. É uma comédia em três
atos. Aproxima-se da literatura de cordel e dos folguedos populares do
Nordeste. Na trama, Suassuna narra a história de um velho avarento conhecido
por Euricão Árabe. Ele é devoto de Santo Antônio e esconde em sua casa uma
porca cheia de dinheiro. Muito divertida, a história mistura o religioso e o
profano.
Apesar
de engraçado, o texto tem um fundo filosófico, o que não pode passar
despercebido. O texto não se sustenta só com o riso, mas sobretudo pela visão
crítica. Suassuna utiliza uma trama muito simples para tratar de algo mais
complexo, como a relação do mundo material com o espiritual. O leitor deve perceber
que o comportamento de Euricão lembra muito os conflitos barrocos de ordem
religiosa. No entanto, esse conflito, inerente ao ser humano, chama atenção
pelo fato de o personagem não desfrutar de sua riqueza.
Existe
uma semelhança da personagem Caroba com Chicó, da obra O Auto da Compadecida.
São dois miseráveis que vivem na astúcia, na inteligência e nas ‘manobras’ uma
poderosa artimanha de sobrevivência.
#Macbeth,
de William Shakespeare
Macbeth
é um general do exército escocês muito apreciado pelo seu monarca, o
rei Duncan, por sua lealdade e seus préstimos guerreiros. Um dia, ele e
Banquo, outro general, são abordados por três bruxas, que fazem os seguintes
vaticínios: Macbeth será rei; Banquo é menos importante, mas mais pode­roso que
Macbeth; e os filhos de Banquo serão reis. 
Macbeth
não compreende as confusas palavras das aparições, mas elas calam fundo dentro
de si. Ele relata o estranho encontro para a mulher, Lady Macbeth – uma das
mais perfeitas vilãs da lite­ratura –, que, ambiciosa, exerce seu poder sobre o
marido, levando-o a cometer o gesto fatal de traição ao rei que desencadeará a
tragédia dos dois e uma reviravolta na corte. 
Essa
obra faz parte da chamada “fase trágica” de Shakespeare e, juntamente
com Rei Lear, foi escrita durante a maturidade do dramaturgo, entre 1605 e
1606.
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