A Lista de Leitura dos 7 Pecados Capitais: GULA

POSTADO POR: Maldito seg, 20 de janeiro de 2014

Seguindo com a nossa lista literária dos 7 Pecados Capitais, chegou a hora de abordar uma das nossas maiores fraquezas, o pecado da GULA. Uma forma nada convencional de garantir a sua estadia assando feito um frango de padaria no fogo eterno do Inferno.

Muitas vezes ignorada como um pecado capital até pelas mais devotas das beatas (do tipo que dão prejuízos nas festas de casamentos e ainda levam comida pra casa), a Gula, já foi usada, ou citada, como argumento para muitas histórias famosas cujo a leitura só engordaria a sua cultura.

E caso esse seja o seu vício, separamos aqui alguns desses livros ‘glutões’ que você vai adorar devorar…

Uma Lagarta Muito Comilona, de Eric Carle

Uma história curiosa onde a Gula acaba sendo necessária para o sucesso final da personagem. Esse livro infantil narra a história de uma lagarta gulosa que devora tudo que vê pela frente. Come até as páginas do próprio livro. 
De uma forma gradual o autor mostra o ciclo de vida da lagarta que precisa se alimentar continuamente para transforma-se em uma imponente borboleta colorida. Por meio de repetições, este livro pretende ajudar a criança a memorizar os dias da semana, os números e ajudar na alimentação dos pequenos.
A vida do jovem Paul Atreides está prestes a mudar radicalmente. Após a visita de uma mulher misteriosa, ele é obrigado a deixar seu planeta natal para sobreviver ao ambiente árido e severo de arrakis, o planeta deserto. Envolvido numa intrincada teia política e religiosa, Paul divide-se entre as obrigações de herdeiro e seu treinamento nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, que vê nele a esperança de realização de um plano urdido há séculos.
Mas o que queremos aqui, é chamar a atenção para o cheiro apetitoso que exala das enormes mesas de banquetes desse enredo. Talvez seja mais fácil suportar a quantidade de comida consumida em Duna, quando se tem um suspensório anti-gravitacional para te manter em pé após uma refeição. Como a exemplo do nefasto Barão Harkonnen que usa esse tipo de artifício para manter seu enorme corpo ereto. 

As Chaves do Reino, por Garth Nix
Artur Penhaligon jamais pensou que um dia tivesse que retornar à casa que quase o matou em uma segunda-feira – a casa que contém um reino fantástico e sinistro. Mas o dia seguinte trouxe novos desafios sob a forma de um inimigo chamado Horrível Terça-Feira. Ele ameaça a segurança da família de Artur e de seu mundo. Para salvá-los, o jovem deve recuperar a Segunda Chave, que está em poder do Horrível Terça-Feira. Desta vez, Artur terá que roubar um Navio de Sol, sobreviver a um estranhíssimo campo de trabalhos forçados, fazer amizade com um espírito e lutar contra os Nadicas. E, depois disso tudo, ainda terá que se aventurar pelas assustadoras Regiões Distantes para a batalha final.
E o que isso tem a ver com a gula? Bom, basta dizer que Drowned Quarta-Feira comeu todas as horas do meio-dia ao anoitecer. Além disso, ela é uma baleia e a tal chave citada tem a forma de um garfo. 

O Clube dos Anjos, de Luis Fernando Veríssimo
Sentar-se à mesa com os amigos, saborear o seu prato preferido e se entregar ao prazer de comer, louca e apaixonadamente. Depois? Depois a morte. Mas isso só parecia acentuar a delícia de sabores irrecusáveis, o paladar em estado de exaltação, a bênção de um destino escolhido. O humor genial de Luís Fernando Verissimo faz dessa obra uma aventura tão envolvente como a amizade entre aqueles homens, até que a morte ou as mulheres os separassem. 
Tudo começou com o picadinho de carne com farofa de ovo e banana frita. Foi em volta de uma mesa adolescente que eles passaram a se reunir, até que os jantares se tornaram cada vez mais requintados – e sempre mensais, durante 21 anos. Eles tinham em comum a amizade, a gula e também o exercício de uma arte única: a gastronomia como prazer cultural e desafio filosófico. Até que um perverso e misterioso cozinheiro apareceu. 

Charlie e a Fábrica de Chocolate, de Roald Dahl 
A conhecida história sobre o excêntrico proprietário de uma fábrica de chocolate e o menino Charlie, um menino pobre e de bom coração. Há muito tempo afastado de sua família, Wonka promove um concurso internacional para escolher um herdeiro para seu império de doces. Cinco crianças de sorte, entre elas Charlie, encontram os bilhetes dourados em barras de chocolate Wonka e ganham uma visita guiada à lendária fábrica que ninguém nunca visitou em 15 anos. Maravilhado em tudo o que vê, Charlie fica fascinado pelo mundo fantástico de Wonka nesta história extraordinária.
Como é de costume acontecer aqui no Brasil, esse é mais um caso de uma história que só nos chegou no formato de filmes, mas que originalmente saiu das páginas de um livro que, infelizmente, ainda não possui uma tradução no mercado nacional. 

Comer Rezar Amar, de Elizabeth Gilbert
Buscando tempo e espaço para descobrir quem era e o que realmente queria, Liz Gilbert se livrou de tudo, demitiu-se do emprego e partiu para uma viagem de um amo pelo mundo- sozinha. Seu objetivo é visitar três lugares onde pudesse examinar um aspecto de sua própria natureza. Na Índia se dedicou à arte da devoção e embarcou em quatro meses de contínua exploração espiritual. Em Bali, estudou a arte do equilíbrio entre o prazer mundano e a transcendência divina. Em Roma, estudou a arte do prazer, aprendeu Italiano e engordou os 11 quilos mais felizes de sua vida… . A obra fala sobre o que pode acontecer quando você assume a responsabilidade por seu próprio contentamento e para de tentar viver seguindo os ideais da sociedade. Certamente irá emocionar qualquer pessoa que se abra a inesgotável necessidade de mudança.

Gula-História de um Pecado Capital, de Philippe Delerm
Se a palavra gula só aparece nas fontes manuscritas no final da Idade Média, sua história é bem mais antiga e remonta aos primeiros tempos do cristianismo dos séculos III e IV. De cunho negativo, qualifica um dos sete pecados capitais. Aos poucos, “gula” vai adquirindo um sentido mais positivo, nos séculos XVII e XVIII. 
Tornada “honesta” e “amável”, a boa gula designa então os amantes da boa comida. Ricamente ilustrado, esse livro trata de toda uma trajetória de valores sociais ligados à arte do bem comer.