A Casa do Terror

POSTADO POR: admin qua, 17 de abril de 2013

A Casa do Terror (Madhouse)
Diretor: Jim Clark 
Roteiro: Ken Levison
Ano: 1974
País: Reino Unido
Atores: Vincent Price, Peter Cushing, Robert Quarry, Linda Hyden.
Não lembrava deste filme. Fiquei curioso. Apertei o play. Qual será o filme? Ah meu Deus… Olhos marejados…
Quem é fã do gênero certamente se emociona sempre que vê os nomes do Vincent Price e Peter Cushing juntos, por mais que não seja uma exclusividade. E logo em seguida, uma rápida participação de Boris Karloff (COMO ASSIM??). Calma…
Vincent Price é Paul Toombes, um famoso ator conhecido por seus filmes como Doutor Morte. Ao seu lado, o grande amigo Herbert Flay, vivido por Peter Cushing. Herbet é o roteirista e criador do personagem, mas assim que Paul atuou como o Doutor, o estúdio decidiu que continuasse, e não mais Herbert, que permaneceu com seu devido sucesso atrás das câmeras, assistindo por todo o tempo seu amigo, a cada novo trabalho, imortalizar sua criação.

Em cada filme, uma bela mulher é morta, o que logo se torna, entre as atrizes (E aspirantes a tal) uma forma de obter sucesso. Ser uma bela vítima do Doutor Morte é a certeza de visibilidade e exibição de sua beleza (Seria uma citação às Bond Girls? #mistério). E em meio a todas aquelas que “morreram” em suas mãos, Paul se apaixona e decide se casar com a bela Elizabeth Peter (Linda Hyden). Mas durante a festa a fim de celebrar o casamento que se aproxima, Oliver Quayle (Robert Quarry), vai até o casal e diz que já transou com ela, que no passado atuava em filmes pornôs. Verdade ou não, para Paul acreditar que se tratava de mais uma atriz tentando dar o golpe, nada faltava. Ela, em prantos, corre para o quarto. Ele desaparece. Minutos depois, está morta.
Anos depois, Paul retorna à sociedade após ter sido internado numa instituição mental e recebe o convite de ressuscitar o Doutor Morte numa série de TV. Ele aceita, e logo pessoas do seu convívio passam a morrer. Daí em diante, a história vai se desenrolando, enquanto Paul parece enlouquecer cada vez que se coloca diante de seu personagem.

Apesar do título traduzido não incitar em nada, certamente por seu uso em demasia em dezenas de outros títulos, A Casa do Terror é um filme (co-produzido pela produtora inglesa Hammer e a americana Amicus, rival da Hammer)  que merece ser assistido, principalmente pelos jovens fãs do gênero que ainda não tiveram chance (ou interesse) em assistir filmes produzidos em décadas passadas. Para os fãs do terror, nomes como Vincent Price, Hammer, Christopher Lee, Peter Cushing Barbara Shelley e muitos outros são um tanto quanto triviais, e é muito fácil esquecer que a nova geração não os vivenciou. Um exemplo: Entre numa sala do ensino médio e pergunte a eles quem é Steven Spielberg. Garanto que um número mínimo dará uma resposta positiva. Se o rei dos Blockbusters não é conhecido por eles, o que dizer dos filmes produzidos pela Hammer? Isso não é uma crítica, mas um lembrete de que não podemos cobrar do outro aquilo que não viveu, mas sim apresentar tais informações. Não podemos criticar, pois a geração atual cresce assistindo outros trabalhos e referências, o que é totalmente entendível.

Outro ponto importante deste filme são os trechos dos filmes interpretados por Vincent, aqui apresentados como os filmes protagonizados pelo Doutor Morte: Muralhas do Pavor (Como A Lenda do Doutor Morte); O Corvo (Como Doutor Morte e o Carrasco) e Sombras do Terror (Com Boris Karloff e Jack Nicholson), além do próprio Doutor Morte, em certos momentos homenageando o já famoso Dr. Phibes.
E, como não poderia deixar de ser, um final surpreendente e um tanto quanto inesperado, algo facilmente encontrado nos filmes da época.
Quanto à aparição de Boris Karloff, trata-se da cena de um filme, numa das várias vezes que o Doutor Morte aparece assistindo seus antigos trabalhos a fim de retornar com o personagem no máximo de sua força.

Se você é muito jovem e curte bons filmes de terror, liberte-se daquilo que considera “normal”, aperte o play e assista A Casa do Terror. Você pode até não gostar, mas certamente ficará admirado como certos atores eram (e são) sinônimo do gênero, além de mais um importante elemento em sua cultura cinematográfica.
E qual o pensamento que tirei sobre? 
Certos trabalhos são eternos. E atores também.

Clique aqui para fazer o download do arquivo torrent do filme. A legenda você encontra clicando aqui. E uma ‘boa’ sessão maldita para vocês.