7 Músicas que mereciam virar livros

POSTADO POR: admin dom, 31 de janeiro de 2016

Acho que faz parte de todo leitor despertar o interesse automático por qualquer vertente que indique a premissa de uma possível história que renda um bom livro. Seja de um caso que te contaram, uma cena que presenciou, ou sobre alguém que conheceu rapidamente, parece que a qualquer momento podemos sacar um enredo afiado para compor uma futura obra literária. E uma fonte abundante para esse sentimento provém da música, onde podemos encontrar diversos personagens cantados que aguçam as nossas mentes curiosas.
Depois de listarmos algumas “Músicas da cultura pop que já são praticamente livros de ficção cantados”, abaixo selecionamos algumas canções com letras que merecem ganhar adaptações para livros, simplesmente porque precisamos saber o que acontece em seguida:

Ironic, da Alanis Morissette
Uma bela história cheia de ironias onde o protagonista seria a própria vida, e não os personagens que gozam dela. O enredo dessa canção é tão subjetivo que não consigo imaginar esse livro sendo escrito por outro que não o brilhante Chuck Palahniuk (autor de Clube da Luta). E, por mim, as últimas páginas da obra podem acabar com as mesmas palavras da letra da música: Bem, a vida tem um jeito engraçado de aprontar com você/ E a vida tem um jeito engraçado, engraçado de ajudá-lo”.


El Desdichado II, do Lobão
Na verdade da pra criar uma série inteira de histórias inspiradas apenas pela descrição surreal do personagem apresentado nessa canção do Lobão. Particularmente, eu consigo imaginar claramente cada estrofe da música remetendo à um volume diferente dessa saga cantada. Tudo isso para conhecer o caminho desse protagonista sinistro que berra para quem quiser ouvir que: “Eu sou a Contramão da contradição/ Que se entrega a qualquer deus/ Novo embrião pra traficar o meu futuro por um inferno mais tranquilo”.



King Nothing, do Metallica 
A história de um Rei que exigiu e sugou mais do que devia do seu reino. O clip oficial nos ajuda a imaginar um cenário de fantasia medieval com um enredo que pode ter intrigas políticas dignas de Game of Thrones. O drama do personagem fica bem explícito nas seguintes estrofes: E tudo se estraçalha/ E você quebra sua coroa/ E você aponta seu dedo, Mas Não há ninguém por perto/ Só quer uma coisa, Fazer o papel do rei/ Mas o castelo desmorona, E você é deixado apenas com um nome/ Onde está sua coroa rei de nada?/ Onde está sua coroa?”. Seria bem interessante conhecer o destino dessa triste figura exaltada na música.



A Seta e o Alvo, do Paulinho Moska
O romance complicado entre um casal que encara a vida de perspectivas totalmente diferentes. Enquanto ele quer aventurar-se nesse relacionamento como se não houvesse amanhã, parece que a moça prefere não se desviar de seus objetivos, gerando um grande desencontro de pensamentos que seria muito interessante ver desenvolvido nas páginas de um livro. Afinal, como diz a própria canção: “Então me diz qual é a graça/ De já saber o fim da estrada/ Quando se parte rumo ao nada?”



Still Life, do Iron Maiden
Um excelente conto de terror psicológico que poderia facilmente ser desenvolvido pelas mãos de Stephen King. A letra narra a psicose de um personagem que se vê estranhamente atraído pela água de um lago, chegando ao ponto de levar as pessoas que ama para o fundo dele. Como descrito nas seguintes frases: Pesadelos… Vem toda hora/ Pesadelos… Me traram paz de espírito/ Agora está claro e sei o que devo fazer/ Tenho que te levar lá para baixo pra para olhá-los eles também/ De mãos dadas nós iremos/ Pular na lagoa’. Com certeza renderia um grande thriller.



Malandragem, da Cássia Eller
Antes que alguém se invoque nos comentários, sabemos que na verdade a letra dessa música é creditada ao Cazuza, mas é inegável que foi na voz da Cassia Eller que ela foi imortalizada. Apesar da canção conter diversas metáforas que são marca registrada do compositor, as frases curtas e fortes da composição nos instiga a conhecer como terminaria a história dessa garotinha, que é um poeta, e ainda não aprendeu a amar.



You Know I’m No Good, da Amy Winehouse 
Alguém duvida que a novelização dessa música poderia ser praticamente uma biografia não oficial da própria Amy? O livro seria considerado um sucessor natural de “Christiane F., Drogada e Prostituída”, com um enredo bem atualizado e contemporâneo. E dependendo do sucesso da obra, é provável que ainda pudéssemos contar com uma possível continuação inspirada pela letra de Rehab, outro grande sucesso da cantora.

Temos certeza que você deve ter as suas próprias indicações que mereciam entrar nessa seleção, e estamos ansiosos para conhecê-las. Use o nosso espaço de comentários e cite outros exemplos.

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