7 Mulheres que escreveram sobre sexo muito antes de ’50 Tons de Cinza’

POSTADO POR: admin qua, 06 de abril de 2016

Ler um enredo erótico escrito por mulheres pode ter ficado bem popular nos últimos anos após o sucesso repentino de ’50 Tons de Cinza’, mas, bem antes disso, vale lembrar que a prática já foi explorada por muitas outras escritoras.

Hoje as mulheres continuam seguindo com a busca de suas liberdades sociais, e o livre exercício de suas fantasias sexuais tem sido uma parte fundamental dessa luta para ajudá-las a se conhecerem melhor e expressarem suas sexualidades da forma que desejarem.
Pra chegarmos até esse momento atual, é importante saber que muitas outras autoras dedilharam esse terreno erógeno da literatura em suas obras, e de forma bem mais talentosa do que se vê hoje em dia, diga-se de passagem. Abaixo selecionamos algumas das mais relevantes que você precisa conhecer:
Daphne Du Maurier 

Romancista e dramaturga nascida em 1907, Daphne du Maurier escreveu  sua obra ‘Rebecca’ em 1938, um assustador conto gótico de suspense e romance. A heroína do livro é uma jovem inesquecível e insegura de si. Ao pedi-la em casamento, Max de Winter, um belo e misterioso viúvo rico, altera para sempre o seu destino.
Rebecca, a Mulher Inesquecível
Rebecca é uma obra de fôlego, diversas vezes adaptada ao cinema. Porém, só em 1941, numa versão de Alfred Hitchcock, o filme ganharia protagonismo, chegando mesmo a vencer dois Óscares estando nomeado para nove categorias. Rebecca é um clássico onde os sentimentos adquirem um lugar de destaque. Sentimentos no feminino, já que se trata da história de duas mulheres que se envolvem com o mesmo homem, apenas com uma particularidade: Rebecca está morta. E é o fantasma, embora nunca visível, do seu passado que assombra a nova mulher, agora casada com o nobre britânico e apaixonado de Rebecca. 
A intriga é assombrosa e ao mesmo tempo envolvente deixando sempre a sensação de que Rebecca é omnipresente. E é com esta imagem antiga que a nova mulher do viúvo Maxim de Winter terá de enfrentar todos os que amavam Rebecca e que a encaram como alguém que veio para lhe roubar o lugar. Rebecca é o romance que celebrizou Daphne du Maurier e que conheceu 28 reedições em quatro anos só na Grã-Bretanha (Editora Amarilys).
Colette

Nascida em 1873, a escritor francêsa Colette, também conhecida como Sidonie-Gabrielle Colette, foi mais conhecida por seu romance ‘Cheri’, publicado em 1920, em que escreve sobre o relacionamento de uma mulher madura com um homem 24 anos mais novo.
Chéri
Chéri foi o jovem amante da cortesã Léa de Lonval nos últimos 6 anos. Os dois acreditam que a sua relação é puramente de prazer, ela por ter um jovem amante fogoso a quem ensinou os truques do amor e da vida, ele por poder desfrutar de uma mulher experiente e poderosa. Só quando Chéri, sobre pressão da mãe, casa com uma rapariga de boas famílias, é que que dois percebem que é mais que luxúria o que os une. Passam 6 meses de infelicidade, tentando esquecer e seguir com a sua nova vida, mas não conseguem e Chéri desesperado, volta abruptamente a casa de Léa, confessando o seu amor e atirando-se para os seus braços e para uma noite de paixão. 
Chéri foi adaptado duas vezes para cinema, em 1950 e 2009, e também duas vezes para televisão, em 1962 e 1973. (Editora Record)
Anaïs Nin

Anaïs Nin, nascida em 1903, é uma das melhores escritores de literatura erótica feminina, e uma das primeiras mulheres a explorar plenamente o domínio da escrita erótica. Seus diários duraram por mais de 60 anos, desde os seus 11 anos de idade, mantendo relatos íntimos do seu despertar sexual. Ela também escreveu contos eróticos fictícios destinados a um colecionador particular na década de 1940.
Delta De Vênus – Histórias Eróticas
Prostitutas que satisfazem os mais estranhos desejos de seus clientes. Mulheres que se aventuram com desconhecidos para descobrir sua própria sexualidade. Triângulos amorosos e orgias. Modelos e artistas que se envolvem num misto de culto ao sexo e à beleza. Aristocratas excêntricos e homens que enlouquecem as mulheres. 
Estes são alguns dos personagens que habitam os contos eróticos de Delta de Vênus, de Anaïs Nin. Escritas no início da década de 40 sob a encomenda de um cliente misterioso, estas histórias se passam num mundo europeu-aristocrático decadente, no qual as crenças de alguns personagens são corrompidas por novas experiências sexuais e emocionais. Discípula das descobertas freudianas, Anaïs Nin aplicou nestes textos a delicadeza de estilo que lhe era característica e a pungência sexual que experimentou na sua própria vida. Mais do que contos eróticos, Delta de Vênus oferece ao leitor histórias de libertação e superação. Esta nova tradução de Delta de Vênus traz pela primeira vez ao leitor brasileiro os contos Pierre e Marcel, que haviam sido suprimidos da edição anterior. (Editora L&PM)
Ursula K. Le Guin

A autora americana Ursula K. Le Guin explorou a sexualidade no mundo imaginário da sua ficção científica ‘A Mão Esquerda da Escuridão’, publicado em 1969. O livro apresenta uma raça alienígena humanóide sem nenhum gênero predominante inerente. Em vez disso, seus orgãos sexuais masculinos ou femininos são ativados em ciclos mensais, constantemente mudando o próprio gênero.
A Mão Esquerda da Escuridão
Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante.
Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo de¿nido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos signi¿cados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo. (Editora Aleph)
Erica Jong

A autora americana Erica Jong é mais conhecida por sua obra ‘Medo de Voar’, publicado em 1973, famosa pela sua polêmica atitude em relação à sexualidade feminina. No livro, Jong cunhou o termo “fuck zipless”, que é um encontro sexual para seu próprio bem, sem envolvimento emocional ou compromisso entre dois estranhos.
Medo de Voar
Isadora sempre teve muitos medos. Na infância, as obsessões de sua mãe; na adolescência, os temores do sexo; adulta, os homens e os aviões. Aos 29 anos, com três casamentos, ela não está livre dos homens. 
Troca um marido, seguidor de Freud, por outro, seguidor de Laing. Apaixona-se por um poeta inglês, criador de porcos, um novelista parecido com um cowboy, um pintor, cujas esposas haviam se suicidado, um professor de filosofia da Renascença, e um regente, autor de sinfonias inacabadas. E decide contar tudo num diário divertido e erótico, descrevendo todos os seus medos e fantasias sexuais. (Editora BestBolso)
Anne Rice

A autora Anne Rice é mais conhecida por ter escrito ‘Entrevista com o Vampiro’, mas ela também escreveu a fábula erótica da Bela Adormecida. Publicada em 1980, a série é composta por histórias BDSM ambientadas em um mundo de fantasia medieval, vagamente baseado no conto de fadas original.
Os Desejos da Bela Adormecida 
O conto de fadas A Bela Adormecida ganha uma roupagem nada inocente pelas mãos de Anne Rice. Em Os Desejos da Bela Adormecida, primeiro da trilogia erótica, a princesa condenada a dormir por cem anos depois de furar o dedo em uma roca de fiar enfeitiçada se torna vítima de um segundo feitiço: seu coração e seu corpo estão sob controle do príncipe que a despertou, que a declara sua escrava sexual e a leva para a corte de sua mãe, a rainha Eleanor, um universo que mistura prazer, dor e subserviência.
Na versão tradicional do conto A Bela Adormecida, imortalizada por Charles Perrault e pelos irmãos Grimm, o feitiço que cai sobre a linda e jovem princesa só pode ser quebrado pelo beijo de um príncipe. Sob o pseudônimo de A. N. Roquelaure, Anne Rice reimagina a história de Bela e expõe toda a subjetividade deste conto que povoa a imaginação coletiva, explorando sua ligação inegável ao desejo sexual. Aqui, o príncipe desperta Bela não com um beijo, mas com a iniciação sexual. Sua recompensa para acabar com os cem anos de encantamento é a escravidão total e completa de Bela a seu prazer. A heroína é levada para o castelo do príncipe onde terá de se submeter a provações inimagináveis como prova da sua entrega e dedicação. (Editora Rocco)
Catherine Millet

A escritora e crítica francesa de arte Catherine Millet escreveu o livro de memórias A Vida Sexual de Catherine M. em 2002. A obra detalha sua história sexual, da masturbação quando adolescente ao seu fascínio com o sexo em grupal.
Vida Sexual de Catherine M. 

O que faz com que uma respeitada crítica de arte decida abrir publicamente, com inédita crueza e sem qualquer máscara, os detalhes de sua movimentada vida sexual? 

Catherine descreve como depois de perder a virgindade aos 18 anos, começou sua carreira de serial lover, transando com vários homens ao mesmo tempo em lugares variados, clubes privados, à beira de estradas, bancos públicos, além de casas particulares, ela viveu fartamente o que se poderia chamar de ´sexo pelo sexo´, ou seja o sexo sem qualquer tipo de vínculo sentimental – o sexo numérico, consecutivo, anônimo, sem preâmbulos, sem romance, puro prazer. 
Suas descrições de cenas sexuais são precisas, quase distanciadas. Catherine faz amor com a mesma naturalidade com que respira. O livro alinha não só descrições minuciosas de seus muitos e ocasionais amantes com fotos também pouco reservadas. Cuidado! O perigo está ao final de cada esquina. (Editora Ediouro)
Veja Também: