7 Livros que celebram o prazer de se estar sozinho

POSTADO POR: admin sex, 11 de novembro de 2016

Se você é daqueles que concordam com Sartre quando ele escreveu que ‘Inferno são os outros’. Do tipo que se sente melhor sozinho do que cercado de gente e define a solidão como a sua melhor amiga, eu posso dizer que te entendo perfeitamente.

E para demonstrar que isso não é necessariamente ruim, mas apenas um estado de espírito, você pode desfrutar dos livros abaixo que celebram o estranho prazer de ser um lobo solitário.
✔ Walden (Henry David Thoreau)
Em julho de 1845, desgostoso com o crescente comercialismo e industrialismo da sociedade americana, Henry David Thoreau (1817 – 1862) deixou Conrad, Massachusetts, sua cidade natal, para instalar-se à beira do Lago Walden. Publicado primeiramente em 1854 com o título Walden ou A Vida nos Bosques, este é o relato de dois anos, dois meses e dois dias em que o autor viveu apartado da sociedade dos homens, suprindo as próprias necessidades, estudando, contemplando a natureza e conhecendo-se a si mesmo. 
A maneira do Homo Americanus de ver o mundo à sua volta e a si próprio nunca mais seria a mesma. No testamento ético-espiritual que é Walden – “O universo é maior do que as visões que temos dele.” – beberiam todos os grandes nomes das letras e da cultura norte-americana, desde o transcendentalista Ralph Waldo Emerson aos autores Beat e da contracultura do século XX, além de figuras revolucionárias como Gandhi e Martin Luther King. O livro Walden, de Thoreau vem com apresentação de Eduardo Bueno. (L&PM Editora)

✔ Paris é uma Festa (Ernest Hemingway)
A comprovação da maestria de um dos maiores autores de todos os tempos! 
Dando continuidade à renovação da identidade visual das obras de Ernest Hemingway, a Bertrand Brasil relança Paris é uma festa, um dos principais livros de sua carreira. Segundo título mais vendido do autor no Brasil, foi publicado pela primeira vez em 1964. 
O livro revela um Hemingway diferente. Em Paris, aos 22 anos, ele lê, pela primeira vez, clássicos como Tolstói, Dostoievski e Stendhal. Convive com Gertrude Stein, James Joyce, Ezra Pound, F. Scott Fitzgerald, figuras polêmicas e encantadoras para o jovem autor. 
A cidade e esses ‘companheiros de viagem’ deram-lhe nova dimensão do humano e maior sensibilidade para alcançar os seus dois objetivos primordiais na vida: ser um bom escritor e viver em absoluta fidelidade consigo próprio. Há, em Paris é uma festa, momentos de suave melancolia, alternados com outros de cortante, quase selvagem crueldade. 
O livro começou a ser escrito no outono de 1957, em Cuba, e foi finalizado na primavera de 1960. Após ter escrito Paris é uma festa, Hemingway recapturou, durante algum tempo, a felicidade perdida, o gosto da juventude, vividos naquela época. Depois disso colocou, então, na boca os dois canos da shotgun, sua carabina de caça predileta, e atirou, acabando assim com sua vida. (Bertrand Brasil)

✔ Estação Atocha (Ben Lerner)
Adam Gordon é um jovem poeta americano que graças a uma prestigiosa bolsa de estudo, se muda para Madrid por um período de um ano com o objetivo oficial de completar um “projeto de pesquisa”. Adam é brilhante mas altamente inconstante e atormentado por dúvidas profundas sobre si mesmo e sua posição em relação à Arte. 
Viciado em cafeína e haxixe, inseguro com as mulheres e com uma forte tendência a se automedicar, a pesquisa de Adam vira uma reflexão sobre a questão da autenticidade que, página após página, alternando momentos hilários com ruminações existenciais, acaba por alimentar a sensação de distância entre o universo interior dele e o mundo externo, reforçando cada vez mais a suspeita de que suas relações, suas reações e até mesmo sua personalidade são fraudulentas, uma grande mentira, assim como os seus poemas. (Editora Rádio Londres)

✔ A Arte de ser Desagradável (Jim Knipfel)
Delinquência juvenil. internações psiquiátricas. tentativas de suicídio. anos e anos se dedicando a infernizar a vida alheia. Após muito tempo chafurdando na merda. Jim Knipfel conclui. com doses altas de piadas de mau gosto e teor alcoólico elevado. que não vale a pena passar a vida sendo um babaca. E apesar de todo o vandalismo. dos furtos. da tentativa de incêndio criminoso. das brincadeiras cretinas. não se arrepende de nada do que fez (exceto talvez ter recusado o trabalho de dublagem para um comercial de fraldas geriátricas).
Neste livro, o autor se debruça sobre a questão da alma e descobre que a decadência pode ser evitada – seu novo credo, que chama de Budismo para Cachaceiros, oferece salvação a ateus do mundo inteiro. O autor conclui, nesta obra com piadas de mau gosto, que não vale a pena passar a vida sendo um imbecil. (Editora Bertrand Brasil)

✔ Cartas de Amor aos Mortos (Ava Dellaira)
Alguns segredos só conseguimos contar aos nossos maiores ídolos. Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop, apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky.
Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era: encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um, é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho. (Editora Seguinte)

✔ On The Road (Jack Kerouac)
Como o gemido lancinante e dolorido de “Uivo”, de Allen Ginsberg, o brado irreverente e drogado de “Almoço Nu”, de William Burroughs, ou a lírica emocionada e emocionante de Lawrence Ferlinghetti, “On the Road” escancarou ao mundo o lado sombrio do sonho americano. A partir da trip de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriarty –, de Paterson, New Jersey, até a costa oeste dos Estados Unidos, atravessando literalmente o país inteiro a partir da lendária Rota 66, Jack Kerouac inaugurou uma nova forma de narrar.
Em abril de 1951, entorpecido por benzedrina e café, inspirado pelo jazz, Kerouac escreveu em três semanas a primeira versão do que viria a ser “On the Road”. Uma prosa espontânea, como ele mesmo chamava: uma técnica parecida com a do fluxo de consciência. Mas o manuscrito foi rejeitado por diversos editores e o livro foi publicado somente em 1957, após alterações exigidas pelos editores.
A obra-prima de Kerouac foi escrita fundindo ação, emoção, sonho, reflexão e ambiente. Nesta nova literatura, o autor procurou captar a sonoridade das ruas, das planícies e das estradas americanas para criar um livro que transformaria milhares de cabeças, influenciando definitivamente todos os movimentos de vanguarda, do be bop ao rock, o pop, os hippies, o movimento punk e tudo o mais que sacudiu a arte e o comportamento da juventude na segunda metade do século XX (Editora L&PM).

✔ Tudo que você não soube (Fernanda Young)
Neste romance, Fernanda Young troca o humor ácido por um tom amargurado para contar, em primeira pessoa, a história de uma mulher sem nome que escreve ao pai moribundo, com quem não fala há anos. Tudo que você não soube traz o conteúdo dessa longa carta, na qual a personagem faz um resumo detalhado da sua vida, dividida entre o desejo de chamar a atenção do homem que a colocou no mundo e a vontade de chocá-lo com suas revelações.
Em uma narrativa sem ordem cronológica, a protagonista traça um parâmetro entre seus traumas de infância e a mulher que se tornou: sóbria, dissimulada e imersa em um poço de desamparo e solidão, embora as aparências mostrem alguém que leva uma vida normal. Na maior parte do tempo, ela tem uma rotina de luxo ao lado do marido e dos filhos, mas, durante as madrugadas, se dedica a examinar o passado e mexer em feridas ainda abertas (Editora Ediouro)

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