7 Livros para superar o fim do relacionamento

POSTADO POR: admin ter, 06 de outubro de 2015

Recentemente uma amiga passou por um rompimento no relacionamento, e me pediu algumas sugestões de livros que pudessem ajudá-la a superar esse momento difícil. E para a surpresa de ambas as partes, eu não pude fazer nenhuma recomendação de leitura, simplesmente porque nenhum título veio a minha mente naquela hora.
Minha falta de resposta ao pedido dessa amiga, me alertou que talvez eu tivesse pouco domínio sobre o assunto, e encarei o fato como mais uma oportunidade para pesquisar e aprender. Afinal, todos nós já passamos por isso… Aquele momento bucólico em que você se vê com uma cerveja na mão (ou um pote de sorvete) e uma caixa de lenços ao lado, meio que sem saber o que fazer da sua própria vida.

Talvez nem todos os livros aqui sugeridos sejam especificamente sobre o ‘fim de relacionamentos’, mas ainda assim, de certa forma são obras que contém inspirações que podem fomentar a sua sabedoria nessa passagem complicada da vida.
✔ Quando termina é porque acabou, de Amiira Ruotola-Behrendt e Greg Behrendt
Só existe uma coisa pior do que levar um fora da pessoa amada: perder a própria dignidade correndo atrás de quem era o seu grande amor mas, por algum motivo, desistiu de você. Em vez de passar o resto da vida se lamentando, dê uma olhada em Quando termina é porque acabou – Juntando os caquinhos e dando a volta por cima, de Greg Behrendt e Amiira Ruotola- Behrendt. Com uma boa dose de humor, os autores ensinam a superar o fim de um relacionamento e partir para outra. E eles sabem do que estão falando: depois de viverem histórias fracassadas, os dois se encontraram, se apaixonaram e vão muito bem, casados e felizes.
A primeira metade do livro funciona como um guia do que não fazer. São oito capítulos, nos quais o leitor encontra, além das dicas, relatos de situações parecidas com a que ele está vivendo ou até piores, em forma de cartas respondidas na seção Confessionário psicótico. Entre os preciosos conselhos, destacam-se: como fazer para não afastar os amigos, que são fundamentais nesse momento; fugir da tentação de utilizar a comida ou a bebida para compensar a frustração; manter-se no emprego e não forçar encontros aparentemente casuais com o (a) ex.
Na segunda parte, que tem o sugestivo título de A superação em grande estilo, estão os sete mandamentos que irão ajudar você a sair dessa: não o (a) veja nem fale com ele (ela) por 60 dias; arrume um (a) amigo (a) de fim de relacionamento; livre-se de tudo que é dele (dela) e de todas as lembranças dele (dela); levante o rabo da cadeira todos os dias; não vista o fim do seu relacionamento para sair pelo mundo; nada de recaída e não vai funcionar se você não for o centro das atenções. Cada passo dado é um avanço em direção ao resgate da auto-estima (Editora Rocco).
✔ O Amor é Fogo, de Nora Ephron 
O que você faria se fosse uma mulher feliz, mãe e grávida do segundo filho, casada com um dos mais influentes jornalistas de Washington e descobrisse que o marido está tendo um caso e, pior, que ele pretende se casar com a amante? A roteirista e jornalista nova-iorquina Nora Ephron escreveu um livro para exorcizar, de forma pra lá de humorada, o golpe baixo do ex. O amor é fogo, que a Rocco manda para as livrarias no final de janeiro, é um delicioso relato, romanceado, desta traição. Repleto de tiradas sarcásticas e inspiradas sobre o casamento e as loucuras que as pessoas fazem por amor, o livro de Nora Ephron é uma montanha-russa de emoções, deslealdades e vingança.
O alter ego de Nora Ephron é Rachel Samstat, profissional bem-sucedida que descobre, no sétimo mês de gravidez, que o marido está tendo um caso com Thelma Rice, uma pessoa inacreditavelmente alta, com um pescoço tão longo quanto um braço, um nariz tão longo quanto um polegar e pés que mais parecem pranchas de tão grandes. Para completar, ela ainda ouve o marido confessar o amor que sente por esta outra mulher e sua intenção de pedir o divórcio tão logo o bebê nasça. Este é o mote da narrativa, nitidamente inspirada no relacionamento de Nora Ephron com o jornalista Carl Bernstein. O resultado é um exercício fino de ironia, uma das marcas da escritora e uma das mais celebrada roteiristas das comédias românticas de Hollywood (Editora Rocco).
✔ Alta Fidelidade, de Nick Hornby
Rob é um sujeito perdido. Aos 35 anos, o rompimento com a namorada o leva a repensar todas as esferas da vida: relacionamento amoroso, profissão, amizades. Sua loja de discos está à beira da falência, seus únicos amigos são dois fanáticos por música que fogem de qualquer conversa adulta e, quanto ao amor, bem, Rob está no fundo do poço.
Para encarar as dificuldades, ele vai se deixar guiar pelas músicas que deram sentido à sua vida e descobrir que a estagnação não o tornou um homem sem ambições. Seu interesse pela cultura pop é real, sua loja ainda é o trabalho dos sonhos e Laura talvez seja a única ex-namorada pela qual vale a pena lutar.
Um romance sobre música e relacionamento, sobre as muitas caras que o sucesso pode ter e sobre o que é, afinal, viver nos anos 1990. Com rajadas de humor sardônico e escrita leve, a juventude marinada em cultura pop ganhou aqui seu espaço na literatura. Este é um retrato do homem contemporâneo sem ruídos, um retrato em alta fidelidade (Companhia das Letras)
✔ Uma História de Amor Real e Supertriste, de Gary Shteyngart
Lenny Abramov vive num futuro muito próximo do nosso. São poucos anos na linha do tempo, mas o mundo já está bastante mudado. Os Estados Unidos são um império ruído. Imersos num colapso econômico, estão em guerra contra a Venezuela e são comandados com mão de ferro por uma força política misteriosa e onipresente, os bipartidários. Há confrontos no Central Park e tanques de guerra pelas ruas de Nova York. Enquanto isso, as pessoas vivem obcecadas por sua saúde e pelo valor de sua imagem.
A compulsão consumista corre desbragada, a última moda são os sutiãs Saaamis, que deixam os mamilos à mostra. No campo tecnológico, iPhones e notebooks foram substituídos por um único aparelhinho: os indefectíveis apparats, que tudo sabem e tudo veem. Aponte-o para alguém, e descobrirá desde a nacionalidade dos seus pais até as suas últimas compras, passando pelos seus coeficientes de personalidade e de sensualidade.
Neste cenário, Lenny Abramov é um anacrônico, quase inverossímil. Filho de imigrantes russos, à beira dos 40 anos, é dono de uma careca e de um índice de massa corporal que só servem de chacota para os mais jovens. Ainda teima em ler livros, conhecidos como trava-portas, objetos considerados repugnantes pelos seus contemporâneos. Não é nada hábil com seu apparat, confunde-se com as inúmeras siglas que representam as gírias mais cool, e mantém um diário – provavelmente o último a ser escrito – onde descreve suas trapalhadas e seu sentimento de incompatibilidade com o mundo. Não bastasse tudo isso, ele ainda por cima comete a obsolescência de se apaixonar perdidamente, como nos velhos tempos.
No livro, as páginas do diário de Lenny são entremeadas pelas mensagens que Eunice troca com sua família e amigos via GlobalTeens. O despojamento e a futilidade da moça, profundamente contrastantes com o texto romântico de Lenny, vão cedendo lugar, aos poucos, a um tipo de insegurança que também soa profundamente antiquada à sua época. E é daí que surge, com as sutilezas indispensáveis a uma grande obra literária, o elo improvável entre os dois protagonistas (Editora Rocco).
✔ A Visita Cruel do Tempo, de Jennifer Egan
É essa a realidade, não é? 20 anos depois, a sua beleza já foi para o lixo, especialmente quando arrancaram fora metade das suas entranhas. O tempo é cruel, não é? Não é assim que se diz? 
Bennie Salazar é um executivo da indústria fonográfica. Sasha é sua assistente cleptomaníaca. E é a partir da história desses dois personagens que Jennifer Egan retrata, em uma narrativa caleidoscópica, a passagem do tempo e a transformação das relações. Da São Francisco dos anos 1970 até a Nova York de um futuro próximo, a autora cria um romance de estilo ímpar sobre continuidade e rupturas, memória e expectativas. 
Surpreendente, A Visita Cruel Do Tempo combina diferentes pontos de vista sobre histórias que se entrelaçam de maneiras inesperadas. Ao longo dos sabores e dissabores da vida dos personagens, Egan traça um interessante e envolvente panorama sobre crescimento, perda e ambição e sobre o que acontece entre o que esperamos de nossa vida e o que se torna realidade (Editora Intrinseca).
✔ É Assim que Você a Perde, de Junot Diaz
“É Assim que Você a Perde” flui como uma conversa, uma confissão, na qual o narrador é um homem que não consegue evitar seus deslizes, que repetidamente se rende às tentações da carne. A primeira que ele ama também é a primeira que ele trai. Ao relembrar essa história Yuniur, um imigrante latino refém de seu sangue quente, dá início a uma inebriante expiação do desejo.
Tudo começa com a menina Magda, traída por ele apesar de ser seu primeiro e verdadeiro amor, e culmina na mais recente traição do personagem que é perturbadora para Yuniur, que fica abismado com sua própria canalhice (Editora Record).
✔ Os Olhos Amarelos dos Crocodilos, de Katherine Pancol
Iris e Joséphine são irmãs com personalidade e estilo de vida completamente diferentes. Enquanto Iris é uma socialite, muito elegante e sofisticada, sem a menor preocupação com seus gastos, Joséphine é historiadora e leva uma vida bem mais modesta nos subúrbios de Paris. Os curiosos contrastes entre ambas já eram visíveis desde a infância. 
Apesar da invejável condição financeira, Iris não é feliz. Seu casamento, em particular, é motivo de desgosto constante. A irmã não tem dúvidas de que ela e seu marido, Philippe Dubin, vivem presos a um regime de aparências. Já Joséphine, em meio às dívidas que sustenta, expulsa de casa o marido desempregado, que a traía com uma manicure. 
Certo dia, em um jantar de alta classe, Iris inventa que é escritora. Para sustentar a mentira e criar uma nova imagem, pede ajuda a Joséphine: a irmã escreveria um livro, depois assinado por Iris, que lhe daria o dinheiro relativo à publicação. Recém-separada e cheia de dívidas, Joséphine aceita. Ao longo dos dois anos seguintes, a vida das duas irmãs vai mudar completamente em função desta decisão. Com muitos diálogos e conflitos, as histórias que se seguem à farsa promovida pelas irmãs revelam a dificuldade em sustentar a mentira de ambas, em meio às demais histórias de suas famílias. Os olhos amarelos dos crocodilos exibe uma saga familiar que vai de Paris à África, apresenta vários personagens fascinantes e tenta responder a velha pergunta: afinal, o que determina o sucesso de alguém? (Editora Suma de Letras)
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