7 Livros para ler antes da segunda temporada de ‘Stranger Things’ na Netflix

POSTADO POR: admin dom, 06 de agosto de 2017

Se tem uma crítica que permanece unânime dentre os fãs nostálgicos de ‘Stranger Things’, é de que a série é curta demais. Felizmente a produção é recheada com tantas referências saudosistas, que o espaço vazio de espera entre temporadas sempre pode ser preenchido com excelentes leituras indiretas que emulam a ambientação e estilo narrativo que são as traços marcantes do seriado. Uma premissa que pautou a nossa matéria com Livros para ler após assistir a série ‘Stranger Things’ da Netflix.

Não por acaso, às vésperas do lançamento da sua sequência estamos de volta ao ‘mundo invertido’ para atualizar essa lista de sugestões e apresentar outros livros que carregam a carga emocional contida em Stranger Things, e servem como aquecimento antes de ‘maratonar’ a segunda temporada na Netflix.

 

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✔ Black Hole (Charles Burns)
Black Hole se passa nos arredores de Seattle, extremo noroeste dos Estados Unidos, em meados da década de 1970, quando uma praga inominável e traiçoeira se alastra entre os adolescentes locais através do contato sexual e parece não poupar ninguém. Ela se manifesta de maneira diferente em cada um dos infectados — enquanto alguns apresentam apenas manchas na pele, algo sutil e fácil de ocultar, outros se transformam em grotescas aberrações, vagas lembranças do que foram um dia. E uma vez que você foi contaminado, não há mais volta. Para estes seres monstruosos, não há alternativa além do auto-exílio em acampamentos precários, na floresta que circunda a região. Conforme vamos nos familiarizando com os diversos protagonistas da história — garotos e garotas que foram infectados, outros que não foram e aqueles que estão prestes a ser —, o clima de horror, delírio e insanidade toma conta dos adolescentes.
Black Hole apresenta um retrato soberbo e inquietante da alienação dos tempos colegiais, repleto de selvageria e crueldade e hormônios à flor da pele, que dialogam com a angústia, o tédio e as necessidades mais profundas de nossa própria aceitação que dominam essa época da vida. Hipnótico e aterrador, a graphic novel que consagrou Charles Burns transcende seu gênero ao explorar com habilidade um momento cultural específico americano, quando não era mais bacana ser hippie, e David Bowie ainda era um pouco estranho para estes jovens, a liberdade sexual começava a se transformar em um pesadelo e a vida adulta cobrava o seu preço pelos traumas reais da infância — traumas da perda e da sensação de absurdo existencial. (DarkSide Books)

✔ Fortaleza Impossível (Jason Rekulak)
Um trio de garotos esquisitos e uma nerd brilhante que esconde um grande segredo.
Um inesperado romance que nasce em meio a computadores e disquetes.
Um ousado e perigoso assalto para roubar a edição de maio de 1987 da revista Playboy , com imagens escandalosas de uma famosa apresentadora de TV.
Todos esses elementos se unem para compor Fortaleza Impossível , um romance que fará você rir, se emocionar e recordar a maravilhosa sensação de se apaixonar por algo – ou alguém – pela primeira vez. (Editora Arqueiro)

 Uma Dobra do Tempo (Madeline L’Engle)
“Uma linha reta não é a distância mais curta entre dois pontos.” Esta ideia está por trás da incrível história da família Murry, traçada em Uma dobra no tempo, ganhador do Newbery Award em 1963 e ainda capaz de fascinar uma nova geração de leitores. No livro, a autora Madeleine L´Engle proporciona uma verdadeira viagem, com dissolução e reconstituição de corpos no espaço, através de atalhos que fogem do longo caminho dos anos-luz, e dá lugar a uma passagem da quarta para a quinta dimensão, impensável no espaço tridimensional que conhecemos.
Os Murry viviam a cerca de oito quilômetros da aldeia, isolados, em uma rua afastada. A geniosa Meg – a menina azarada e considerada má aluna na escola – e o pequeno Charles Wallace, rotulado como o “irmão bebê idiota”, compartilhavam o peso de serem crianças com um nível de intelectualidade acima do comum, o que causava certa dificuldade no relacionamento com as outras. Dennys e Sandy eram seus irmãos gêmeos, que não eram nem ruins, nem excelentes no colégio, mas eram fortes, bons corredores e se saíam bem nos jogos.
Em um ambiente de cumplicidade, os irmãos e a mãe, uma bela cientista, conviviam bem, apesar das diferenças. Mas carregavam um vazio dentro de casa. O sr. Murry era um físico famoso e, desde que partiu para uma missão confidencial – e perigosa – do governo, não tiveram mais notícias dele. A vizinhança, curiosa, especulava a respeito. (Editora Rocco)

 Paralela (Lauren Miller)
Abby Barnes tem um plano. Ela sabe o curso que vai fazer, a faculdade em que vai estudar e até o lugar onde vai trabalhar. Mas pequenas decisões podem mudar uma vida inteira, e, na véspera de seu aniversário, Abby está questionando suas escolhas. No dia seguinte, ela acorda num lugar completamente diferente, um ano mais velha, sem saber como tudo mudou da noite para o dia.
A resposta é mais inesperada do que poderia imaginar: uma colisão de universos paralelos que a faz viver uma versão alternativa de si mesma. Com a ajuda da melhor amiga, Caitlin, e dividida entre dois caras que poderiam muito bem ser o amor de sua vida, Abby se depara com o desafio de redescobrir a si mesma enquanto lida com a confusão em que sua vida se transformou. (Editora Alaúde)

 Os Goonies (James Kahn)
Ao buscar um tema para seu primeiro filme autoral, J.J. Abrams – que não vive sem referências – voltou à sua adolescência, quando, como muitos outros moleques dos anos 1980, foi saudado por uma safra de filmes que finalmente contemplava sua própria geração. Super 8 (2011) saúda tanto E.T. (1982), de Steven Spielberg, quanto Os Goonies (1985), de Richard Donner. Os três filmes celebram a rotina de uma turma de adolescentes na década de 80 (sim, Super 8 é um filme de época) e contam como nem mesmo incidentes extraordinários pode abalar a amizade de uma galera.
Antes dos anos 1980, os filmes falavam de crimes, romances, aventuras e dramas – mas todos do ponto de vista adulto. E os adultos não entendiam a nova década, do walkman, do videogame, do computador e do videocassete. Era o início da revolução digital – aquela que hoje é plena – e qualquer turma de moleques sabia que os adultos não tinham a menor ideia do que estava acontecendo. A minha turma, em Brasília, sabia. Outras turmas pelo mundo também. Não é à toa que estes filmes encontraram eco justamente em uma audiência que parecia seus protagonistas. (DarkSide Books)

 A História Secreta (Donna Tartt)
Donna Tartt surpreende pelo talento com que combina a densidade psicológica e
o vigor poético de um texto clássico com a trama complexa e o ritmo alucinado dos melhores romances policiais contemporâneos. Quem conta a história é Richard Papen, garotão da ensolarada Califórnia que consegue ser admitido na
seleta Hampden, uma universidade em Vermont freqüentada pela elite norte-americana. Richard imagina ter atingido o Olimpo ao entrar para o círculo mais privilegiado daquela universidade. Cinco alunos, sofisticados e originais, selecionados por um mestre erudito e carismático, dedicam-se ao estudo da Grécia antiga.
A eles junta-se o narrador, para participar da busca da verdade e da beleza, entre festas orgiásticas e finais de semana numa antiga casa de campo, regados a muito álcool e discussões filosóficas. A loucura desmedida certa vez termina numa orgia cujo ponto culminante é um ato de violência inominável e o suposto aparecimento do próprio Dioniso, numa de suas diversas manifestações. Quando descobre a terrível verdade, Richard envolve-se numa cadeia de segredos e cumplicidades, num encadeamento de medos e inseguranças que leva o grupo a cometer um ato ainda mais terrível. Melancólico e irônico, este é um romance feito de terror e prazer, remorso e decepção. Com ele, Donna Tartt revelou-se uma grande escritora já em seu livro de estréia. (Editora Companhia das Letras)

 A Maldição de Domarö (John Ajvide Lindqvist)
Após o trágico e misterioso desaparecimento da filha, a vida de Anders entra em declínio. Dois anos depois, alcoólatra e abandonado pela mulher, ele resolve voltar ao lugar onde sofrera tão terrível perda: o arquipélago sueco Domarö. Tentando encontrar uma maneira de lidar com sua dor e entender o que de fato aconteceu, Anders entra num espiral psicológico, em que as memórias indeléveis de sua família se misturam às experiências reais e assustadoras que assombram a ilha.
Se em seus trabalhos anteriores Lindqvist usou, respectivamente, vampiros e zumbis, agora é a vez de presenças fantasmagóricas ocuparem as páginas de seu livro. Com estilo inteligente e ritmo aguçado, o autor mostra mais uma vez, em ‘A maldição de Domarö’, seu talento em construir com estilo próprio uma atmosfera aterrorizante, que reflete idealmente os humores de seus personagens. (Editora Tordesilhas)

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