7 Livros essenciais da literatura francesa

POSTADO POR: admin qua, 05 de abril de 2017

Com 14 condecorações, a França é o país com mais Prêmios Nobel de literatura do mundo, um legado inciado com Sully Prudhomme, o primeiro a ser premiado em 1901. De lá para cá, a Academia sempre reconheceu a grande importância dos romancistas, dramaturgos e poetas franceses.

Abrangendo uma infinidade de períodos, gêneros e narrativas, a história da literatura francesa fornece uma riqueza de obras inigualáveis ​​que instigaram, movimentos literários, criaram novas convenções e divertiram milhões. Aqui nós listamos alguns títulos do país que você tem que ter em sua prateleira. Vive la France!!!

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✔ O Estrangeiro (Albert Camus)
Cinco décadas após sua morte, é indiscutível a atualidade do pensamento de Camus e de sua obra com foco na análise do homem contemporâneo. Traduzido para mais de 40 idiomas, O Estrangeiro é hoje o recordista absoluto de vendas em formato de bolso na França. O romance faz parte do “ciclo do absurdo” do escritor e é seu livro mais conhecido. O narrador-personagem é o argelino Meursault, que mata um árabe por impulso.
Meursault é o anti-herói que assassina um homem “por causa do sol” e sobe ao cadafalso afirmando que “fora feliz e que o era ainda”. Publicado em 1942, este livro ganha repercussão com a visionária inquietação do autor. Suas obras são muito marcadas pela incerteza e pelo absurdo da existência. Esta edição de bolso inclui prefácio do jornalista Manuel da Costa Pinto, autor de Albert Camus – Um elogio do ensaio, organizador e tradutor da antologia A inteligência e o cadafalso e outros ensaios, de Albert Camus. (Editora Record)

✔ As Flores do Mal (Charles Baudelaire)
Obra considerada um marco da poesia moderna e simbolista. As Flores do Mal reúnem, de modo exemplar, uma série de motivos da obra do poeta: a queda; a expulsão do paraíso; o amor; o erotismo; a decadência; a morte; o tempo; o exílio e o tédio. Pelas palavras de Paul Valéry: “As Flores do Mal não contêm poemas nem lendas nem nada que tenha que ver com uma forma narrativa. Não há nelas nenhum discurso filosófico. A política está ausente por completo. As descrições, escassas, são sempre densas de significado”. Mas no livro todo é fascinação, música, sensualidade abstrata e poderosa.” 
“Neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião (travestida), todo o meu ódio”, escreveu Baudelaire sobre este livro numa carta. (Editora Martin Claret)

✔ Em Busca do Tempo Perdido (Marcel Proust)
Em busca do tempo perdido dispõe os sete livros originais em apenas 3 volumes. São dezenas de personagens que se cruzam em histórias de amor, ciúmes e inveja, na França da Belle Époque. A narrativa vai passando do detalhe ao painel e do painel ao detalhe sem projeções definidas, num constante reajuste de tudo aquilo que nunca será perfeitamente ajustado. A obra é um retrato da sociedade de uma época, um mergulho no universo da burguesia francesa que permite que o leitor sinta as divergências entre nobres e burgueses.
Em busca do tempo perdido é uma das maiores criações da literatura mundial. Dividida em sete livros, a obra-prima de Marcel Proust foi publicada entre 1913 e 1927, e sua beleza e força vão se revelando cada vez mais impactantes com o correr dos anos. 
A presente edição da Nova Fronteira conta com a primorosa tradução de Fernando Py e é dividida em três partes. Uma obra monumental, que deixou marcas eternas na literatura. (Editora Nova Fronteira)

✔ Madame Bovary  (Gustave Flaubert)
Emma Bovary não pode ser feliz. Ela constantemente cobiça uma vida de moda, romance, e dinheiro, vivendo através de suas ilusões, em vez de encontrar a felicidade em sua realidade. Ela inveja tanto o estilo de vida que não pode ter, que destrói a sua vida, e aqueles ao seu redor, a fim de alcançá-lo.
Madame Bovary é a obra fundamental de Flaubert. Trata-se de um raridade, mesmo em um clássico, um exercício meticuloso de escrita que igualmente desafiava as estruturas literárias e as convenções sociais. Não à toa, na época de lançamento o impacto foi duplo: um sucesso de público e a reação feroz do governo francês, que levou o autor a julgamento sob a acusação de imoralidade. Flaubert inventou um estilo totalmente novo e moderno, praticando uma escrita que, ao longo dos cinco anos que levou para terminar o livro, literalmente avançou palavra a palavra. Cada frase devia refletir o esforço em obtê-la, sendo reescrita e reescrita ad infinitum. Mestre do realismo, o autor documenta a paisagem e o cotidiano da segunda metade do século XIX, ironizando os romances sentimentais e folhetins, gêneros que considerava obsoletos. 
A história faz um ataque à burguesia, desmoralizando-a com a descrição exuberante de sua banalidade. Em um tempo em que as mulheres eram submissas, Emma Bovary encontra nos tolos romances dos livros o antídoto para o tédio conjugal e inaugura uma galeria de famosas esposas adúlteras atormentadas na literatura. (Editora L&PM)

✔ Viagem ao Centro da Terra (Jules Verne)
Um dos maiores clássicos da ficção científica, escrito pelo mesmo autor de 20 mil léguas submarinas e A ilha misteriosa “Vamos descer, descer, sempre descer! Como sabe, para chegar ao centro do globo temos apenas mais seis mil quilômetros a atravessar!”
Em 1863 o renomado professor Otto Lidenbrock, geólogo e mineralogista, descobre uma mensagem cifrada descrevendo uma viagem ao centro da Terra. É o quanto basta para o impetuoso cientista se lançar na mesma aventura levando consigo o sobrinho Axel, colega de profissão mas defensor de diferentes teorias científicas, e o impassível Hans, guia que se mostrará indispensável para a empreitada e seu espantoso desfecho! (Editora Zahar)
✔ Os Miseráveis (Victor Hugo)
A riqueza imagística e formal de sua lírica fez de Victor Hugo o maior poeta francês, e um dos seus mais importantes prosadores.Hugo produziu várias obras-primas, em verso e prosa. Seu monumental romance épico Os Miseráveis (2 volumes), publicado ainda quando estava no exílio, em 1862, foi um dos maiores acontecimentos literários da época, e continua a encantar leitores de todo o mundo. 
Romance social marcado por uma vasta análise de costumes da França do século XIX, Os Miseráveis revela uma grande complexidade tanto sob o ponto de vista da escrita como da própria trama ficcional, misturando realismo e romantismo. 
A obra é uma poderosa denúncia a todos os tipos de injustiça humana. Narra a emocionante história de Jean Valjean – o homem que, por ter roubado um pão, é condenado a dezenove anos de prisão, até a sua morte iluminada pelo sofrimento. Os Miseráveis é um livro inquietantemente religioso e político. (Editora Editora Martin Claret)

✔ O Vermelho e o Negro (Stendhal)
Somente décadas depois de sua morte, Stendhal veio a ser amplamente reconhecido como um dos maiores romancistas da metade do século XIX. Ainda assim, a complexidade psicológica de seus personagens e suas penetrantes análises sociais influenciaram toda a literatura francesa posterior. Stendhal é um dos mais célebres pseudônimos de Marie-Henri Beyle.
No início de sua carreira, seus romances foram recebidos com frieza, exceto por Balzac e Baudelaire. Seu estilo, ao contrário do excesso de ornamentos, valoriza o perfil psicológico dos personagens, a interpretação de seus atos, sentimentos e paixões. O romance O Vermelho e o Negro (1830), sua obra prima, tem com herói Julien Sorel, jovem ambicioso e sem escrúpulos, que é tido como um dos personagens literários mais fascinantes de todos os tempos. (Editora Martin Claret)

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