6 Livros para ler se você gosta de ‘Orange is the New Black’

POSTADO POR: admin sáb, 07 de junho de 2014

A segunda temporada de ‘Orange is the new Black’ acaba de chegar na Netflix, e para coroar essa estreia, a Editora Intrínseca não perdeu tempo e teve o bom senso de trazer para o Brasil o livro que deu origem à série, e já pode ser encontrado à venda nas livrarias (clique aqui para comprar o seu).
Pautado nisso, nos últimos dias, tivemos uma overdose de campanhas publicitárias alertando sobre o retorno de Piper Chapman e sua nada mole vida na prisão federal feminina. Esperando que você ainda não tenha enjoado da cor laranja, o DpM resolveu ir um pouco além desse markenting todo e fazer algo diferente. Inspirado pelo contexto da série, eu selecionei alguns bons livros com uma temática semelhante à do seriado, que talvez possam te entreter no tempo que passar esperando pela terceira temporada, que aliás, já foi confirmada pela Netflix.
Sendo assim, veja abaixo a nossa seleção de livros recomendados para quem acompanha ‘Orange is the New Black’:
 Férias na Prisão, de Lucimar Mutarelli
Segundo romance de Lucimar Mutarelli, autora do elogiado ‘Entre o Trem e a Plataforma’, ‘Férias na Prisão’ conta a história das amigas Rose e Alana. Recém-formadas no ensino médio, elas decidem passar três meses em uma das maiores instituições correcionais do país. 
As “férias” fazem parte de um projeto social para que jovens conheçam de perto a vida dos detentos e, assim, possam aprender a não cometer os mesmos erros que eles. As meninas, que se prepararam para viver uma aventura inesquecível, na verdade estão prestes a receber a mais assustadora lição sobre o mundo dos adultos. 
Crime, sedução, crueldade e demência se misturam no intenso cotidiano dos aprisionados e daqueles que aprisionam, em um texto em que se juntam o senso de humor e o espírito crítico.
 Quatro Estações, de Stephen King 
Essa coletânea de quatro contos, é um dos livros mais renomados de Stephen King. Em um profundo mergulho na natureza humana, revela medos, esperanças e impulsos. E explora todas as facetas do ser humano, desde seu mais puro desejo de ser livre à sua mais apavorante crueldade. O mestre do terror se distancia do sobrenatural e se lança no dia a dia de personagens comuns, construindo histórias envolventes que prendem o leitor até a última página.
São histórias que retratam o cotidiano de personagens comuns. Em “A primavera eterna”, um homem tenta escapar de uma prisão de segurança máxima, após uma condenação injusta. Esta história foi adaptada para o cinema sob o título “Um sonho de liberdade”. “Verão da corrupção” traça o relacionamento entre um adolescente e um velho nazista. Também adaptada para o cinema sob o título de “O aprendiz”. Em “O outono da inocência” um grupo de jovens encontra um corpo, marcando sua passagem para o mundo adulto. Foi para a telona com o título de “Conta comigo”. A última história, “Inverno no clube” traz a luta de uma mãe para salvar seu filho.
✔ A Dona das Chaves, de Julita Lembruger e Anabela Paiva
Escrito em parceria com a jornalista Anabela Paiva, Julita Lemgruber abre as portas do mundo das cadeias e nos leva às celas, gabinetes e corredores de um sistema prisional marcado por violência, corrupção e atos surpreendentes de coragem e generosidade. 
Relatos marcantes como os esquemas mirabolantes de fugas, greves de fome e ameaças de morte recheiam as páginas do livro. Temas áridos ganharam suavidade nas mãos de Julita, que bolou títulos baseados no linguajar das prisões, como os inusitados “Branca de Neve na Penitenciária” e “Fugas Doril: Ninguém Sabe, Ninguém Viu”. 
Os bastidores de diversos episódios que figuraram nas manchetes dos jornais cariocas são revelados. Entre os mais emblemáticos está a explosão de violência no presídio Ary Franco, em 1991, quando 32 presos morreram calcinados devido a um incêndio na cela em que estavam trancados. Com a instalação de uma sindicância, apurou-se a responsabilidade de dois guardas, que foram demitidos, mas absolvidos no inquérito policial, em 2003. 
Outro acontecimento que mereceu destaque nesta obra foi o plano do bicheiro Maninho, na época preso, de assaltar a casa de Julita e matá-la. O motivo foi a gestão linha-dura da então diretora do Desipe. Ela se empenhou em evitar que os bicheiros tivessem todos os direitos dos outros presos, sem usarem de seus variados recursos para a obtenção de privilégios. A autora conta detalhes desta ação contra a regalia dos presos.
 Sobrevivendo na Prisão, de John Cheever
Após assassinar o irmão, Ezekiel Farragut é enviado para a prisão de Falconer, onde deverá passar longos anos cumprindo pena. Encarcerado no Bloco F, o mais frio e esquecido de toda a penitenciária, Farragut dá início a usa via-crúcis, e é lá também que conhecerá outros prisioneiros, tão solitários e excêntricos quanto ele. Completamente alheio ao mundo exterior, Farragut não tem outra alternativa a não ser se adaptar às rígidas regras de Falconer e aprender, a duras penas, quais são suas leis. 
Com um narrativa caracteristicamente forte e grande dose de memórias autobiográficas, John Cheever monta em “Sobrevivendo na Prisão” um cenário de pequenas revelações, encontros e desencontros humanos, em que a maior brutalidade é o silêncio.

✔ Um Estranho no Ninho, de Ken Kesey
Este clássico, que se consagrou com sua premiada versão cinematográfica estrelada por Jack Nicholson e dirigida por Milos Forman, relata os dias de R.P. McMurphy em um hospício. 
Ao ser condenado por um crime, ele se finge de louco para escapar da cadeia e agora enfrenta os desafios de uma instituição em que a insegurança e o medo imperam sob o comando de uma sádica enfermeira. Logo, McMurphy descobre que pode modificar aquela realidade, transformando suas vidas para sempre.
A fim de quebrar a rotina e demonstrar seus pensamentos, ele desobedece às regras do manicômio e passa a ser considerado um líder protetor pelos outros pacientes. Mas, ao mesmo tempo, ganha a inimizade da enfermeira-chefe. O livro trata, entre outras questões, de relacionamentos, saúde mental, isolamento e atenção a pessoas com transtornos mentais.

✔ O Conto da Aia, de Margaret Atwood 
A história de O Conto da Aia, da canadense Margaret Atwood, passa-se num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes – tudo fora queimado. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no Muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Para merecer esse destino, não é preciso fazer muita coisa – basta, por exemplo, cantar qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime, como “liberdade”. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América.
Com esta história assustadora, Margaret Atwood leva o leitor a refletir sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo tal qual o conhecemos, o futuro e, principalmente, o presente. O conto da aia já foi transformado em filme, peça de teatro, ópera, audiolivro e dramatização radiofônica.

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