5 Livros que vão mudar a forma como você encara a História

POSTADO POR: admin seg, 27 de julho de 2015

Se você se deu o trabalho de continuar lendo, e por tabela estudando, após ter saído do colégio, já deve ter notado que a história nunca foi exatamente como nos ensinaram nas salas de aula. Por vezes, descobrir essas discrepâncias pode ser uma experiencia chocante, triste, ou até engraçada, dependendo do quanto você sabe a respeito da linha cronológica do nosso mundo. E se aquele velho ditado já alerta que ‘Quem ganha a guerra conta a história’, isso é mais que o suficiente para deduzirmos que existe diferentes facetas dos fatos que nunca chegarão até nós, a não ser que procuremos por eles.

Seguindo este conceito, selecionamos aqui alguns livros da História mundial que vão mudar a forma como você encara a realidade.


 Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, de Leandro Narloch

Existe um esquema tão repetido para contar a história do Brasil, que basta misturar chavões, mudar datas ou nomes, e pronto. Você já pode passar em qualquer prova de história na escola. Nesse livro, o jornalista Leandro Narloch prefere adotar uma postura diferente que vai além dos mocinhos e bandidos tão conhecidos. 
Ele mesmo, logo no prefácio, avisa ao leitor: “Este livro não quer ser um falso estudo acadêmico, como o daqueles estudiosos, e sim uma provocação. Uma pequena coletânea de pesquisas históricas sérias, irritantes e desagradáveis, escolhidas com o objetivo de enfurecer um bom número de cidadãos.” É verdade: esse guia enfurecerá muitas pessoas. Porém, é também verdade que a história, assim, fica muito mais interessante e saborosa para quem a lê. (Editora Leya)

✔ A História Não Contada dos Estados Unidos, de Oliver Stone e Peter J. Kuznick

Este é um arquivo histórico importantíssimo e raro que o leitor terá a oportunidade de conhecer a partir da curiosidade e do brilhante trabalho desta inusitada dupla de autores. A obra cobre um período de mais de 100 anos de história mundial, é fruto de uma profunda pesquisa por cinco anos, em que os autores se debruçaram sobre arquivos da época, e conferiam dados de fontes à exaustão. O resultado mostra que tudo está conectado: Dos governos Reagan e Eisenhower a todo o conceito da Segunda Guerra Mundial; o real significado da batalha contra o nazismo; o desenvolvimento (e a alimentação) da guerra fria; os diversos momentos em que os Estados Unidos agiram, na verdade, como agressores; O Macarthismo e a tradição de espionar toda gente, desde pessoas comuns à líderes mundiais; o modus operandi em que se inserem os conflitos no Iraque, Teerã (capital do Irã), o trabalho da CIA e tantos outros eventos que, segundo documentos, tiveram como meta criar uma guerra global ao terror e dividir o mundo. (Faro Editorial)

✔ A Marcha da Insensatez: De Tróia ao Vietnã, de Barbara W. Tuchman

Coerente, minuciosa e extremamente inteligente, a historiadora Barbara W. Tuchman, duas vezes laureada com o Prêmio Pulitzer, destaca neste livro um dos maiores paradoxos humanos: a insistência dos governos em adotarem políticas contrárias aos próprios interesses.
A Marcha da Insensatez aponta quatro conflitos históricos em que ações equivocadas tiveram consequências desastrosas para milhares de pessoas: a Guerra de Troia, a reforma protestante, a independência dos Estados Unidos e a Guerra do Vietnã. Tais episódios mostram a impotência da razão ante os apelos da cobiça e os interesses individuais. (Editora Best Bolso)
✔ Breve História do mundo, de E. H. Gombrich
Para Ernst Gombrich, uma história, por mais complexa que seja, pode ser compreendida por todas as idades, desde que comunicada de forma clara e cativante. 
Ernst H. Gombrich propôs um desafio a si mesmo: contar a história da humanidade em apenas 300 páginas. Por mais audacioso que possa parecer, ele conseguiu, e de forma brilhante!
Em “Breve História do Mundo” o autor escolher falar diretamente ao leitor, como se fosse um irmão mais velho falando com o caçula da família. O autor se recusa a oferecer explicações simplistas, para que o leitor seja capaz de refletir por si mesmo, mas ao mesmo tempo aborda a história do mundo com linguagem acessível e clara.
Escrita a pensar num público juvenil, Uma Pequena História do Mundo alcançou sucesso imediato, na Alemanha e no resto da Europa. Hoje traduzida em vinte línguas, tornou-se um clássico universal, uma referência tanto para os mais novos como para os mais velhos. (Editora Martins Fontes)

✔ Nada a Invejar: Vidas Comuns Na Coreia do Norte, de Barbara Demick

Correspondente do jornal Los Angeles Times em Seul, capital da Coreia do Sul, entre 2001 e 2006, a jornalista americana Barbara Demick fez uma exaustiva pesquisa de documentos, fotos e vídeos e entrevistou dissidentes e refugiados norte-coreanos que haviam fugido para a Coreia do Sul ou para a China.
Pontuadas por informações gerais sobre a economia e a cultura do país, as histórias de Nada a Invejar – título irônico extraído de um hino ufanista norte-coreano se entrelaçam para formar um painel bastante vívido do cotidiano na Coreia dos ditadores Kim iI-sung (1912-94) e Kim Jong-il (1942-2011), pai e filho que reinaram absolutos por mais de seis décadas e ainda perpetuam seu legado autoritário na figura do herdeiro Kim Jong-un.
Uma das virtudes do livro é mostrar como o culto à personalidade dos tiranos foi forjado numa mistura peculiar de marxismo-leninismo mal digerido com as tradições religiosas e populares locais. O controle absoluto da vida pessoal, que faz de cada vizinho (ou mesmo um familiar) potencial espião e delator, perpassa os relatos de todos os personagens entrevistados, assim como as dificuldades materiais e a fome – sobretudo depois da crise de escassez dos anos 1990, as marcas da guerra entre as Coreias e as parcas perspectivas de progresso educacional ou profissional.
Uma realidade sufocante que não exclui, porém, o humor, os gestos de altruísmo e solidariedade ou os sonhos de liberdade. Com uma escrita ágil e envolvente, que atesta o ótimo domínio das técnicas narrativas literárias, a autora conduz os leitores pela experiência fascinante de espiar a vida de uma das sociedades mais isoladas e reprimidas do planeta. (Companhia das Letras)

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