5 Livros que misturam Horror e Comédia (Parte 2)

POSTADO POR: admin ter, 08 de dezembro de 2015

O que hoje conhecemos como ‘Humor Negro’, nada mais é do que a peculiar fusão de elementos dos gêneros de horror e comédia, que, embora pareçam incompatíveis à primeira vista, são mais próximos do que se imagina. Um assunto que já foi melhor abordado por aqui na primeira parte desta postagem.

As histórias que nascem dessa mistura podem surgir na forma de uma paródia ou completamente original, mas sempre tem como objetivo causar reações adversas no público.
E como o tema tem ganhado cada vez mais espaço nas prateleiras das livrarias, sentimos a impulsiva necessidade de elaborar mais uma lista com algumas sugestões de títulos que misturam essas texturas.
O Dono do Cemitério, de Simone Mendonça 
Localizado na deslumbrante cidade do Rio de Janeiro, o Cemitério do Caju repousa serenamente em uma das vias mais agitadas da cidade, a avenida Brasil.
Quem passa por ali diariamente não imagina que, dentro daqueles portões, há uma intensa atividade acontecendo, mas no mundo dos mortos. 
Zé Maria é o dono do Cemitério do Caju e recebeu a missão de administrá-lo por 100 anos. Quando era vivo, cometeu um ato grave e, de acordo com as leis cósmicas, só depois de cumprir essa pena, poderá ganhar sua liberdade e seguir para o Além. Ele não é só responsável pelo cemitério, como também é o encarregado de recepcionar as pessoas quando é chegada a hora da morte.
Este é o primeiro livro da trilogia O Dono do Cemitério, que narra os últimos três anos da missão de Zé Maria.
Será que ele conseguirá proteger o cemitério da Congregação das Almas Penadas? Vencerá o desafio de cumprir a sua pena com tantos espíritos loucos e rebeldes por perto? Você vai se divertir com essa história e, sem dúvida, se encantará por esse mundo estranhamente cativante, repleto de surpresas e desafios.

✔ Os Portões do Inferno estão Prestes a Se Abrir: Cuidado com o Vão, de John Connolly
Como todas as suas obras voltadas para o público jovem, John Connolly, em Os portões, apresenta uma história extremamente criativa, com uma linguagem típica dos jovens e várias citações literárias importantes, desde São Tomás de Aquino até a teoria quântica. Como o próprio autor afirma, “um livro precisa, acima de tudo, ensinar às pessoas amar a literatura”.
Escrito para um público mais novo do que o de O livro das coisas perdidas, sua obra anterior publicada pela Bertrand, mas, da mesma forma, original, o livro possui várias citações e mensagens subliminares ao longo de toda a trama. Connolly, conhecido por sua criatividade mágica, consegue novamente produzir uma história diferente de todas as demais do gênero. 
Os portões é uma narrativa divertida e mágica de um menino de 11 anos que, ao lado dos dois melhores amigos e seu cachorro, precisa evitar que os demônios vindos do inferno dominem o planeta Terra. O título do livro refere-se às portas que se abrem para a saída dessas criaturas malignas. 
John Connolly mistura fantasia, humor e ciência numa história arrebatadora, que prova que aprender também pode ser muito divertido. Com certeza, todo leitor vai se divertir com as notas de rodapé do autor ( Bertrand Brasil).
 Um Trabalho Sujo, de Christopher Moore 
A morte é um trabalho sujo. Alguém tem que executar. Ao longo da vida, a maioria das pessoas imagina a profissão que vai ter ou aquela que poderia ter tido. De todas as opções, uma certamente seria impensável: tornar-se um funcionário da Morte. Pois bem. Com muitos anos de uma vida tranquila e estável, caberá a Charlie Asher essa função estranha e divertida. Após falar da juventude desregrada de Jesus em O Cordeiro, o cultuado Christopher Moore ataca a morte em Um Trabalho Sujo.
Para Charlie, dono de um brechó em São Francisco, vida e morte se encontraram no quarto em que sua esposa, Rachel, morreu minutos após dar à luz sua filha, Sophie. Mesmo com as câmeras de segurança o desmentindo, Charlie afirma ter visto um homem extremamente alto num terno verde-menta atrás da esposa no momento de sua morte.
Quando objetos em sua loja começam a aparecer com um brilho vermelho e pessoas a morrer ao seu lado, Charlie desconfia que algo está errado. Ao mesmo tempo que a vida do protagonista vira de cabeça para baixo, surge Minty Fresh, o homem de terno verde, para ajudá-lo: os dois são Mercadores da Morte, profissão que, segundo o Fantástico Grande Livro da Morte, consiste em salvar as almas das pessoas antes que as forças das trevas o façam (Bertrand Brasil).
 Orgulho e Preconceito e Zumbis, de Seth Grahame – Smith
“É uma verdade universalmente aceita que um zumbi, uma vez de posse de um cérebro, necessita de mais cérebros.” Assim começa essa paródia que se tornou um best-seller do The New York Times. No romance clássico, Jane Austen iniciava a saga das casadouras irmãs Bennet com o aviso: “É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro, possuidor de uma grande fortuna, deve estar em busca de uma esposa.”
Agora, porém, no tranquilo vilarejo de Meryton, nossa heroína, a guerreira Elizabeth Bennet, treinada nos rigores das artes marciais, está determinada a eliminar a ameaça zumbi. Até que sua atenção seja desviada pela chegada do altivo e arrogante Sr. Darcy. Ela conseguirá superar os preconceitos sociais dos grandes aristocratas ingleses, tão ciosos e orgulhosos de seus privilégios?
Grahame-Smith transfigura as famosas passagens do texto de Jane Austen em uma deliciosa comédia de costumes. Além dos embates civilizados e repletos de cortesia entre o casal de protagonistas, inclui batalhas violentas, em confrontos cheios de sangue e ossos quebrados. Conjugando amor, emoção e lutas de espada com canibalismo e milhares de cadáveres em decomposição, Orgulho e preconceito e zumbis transforma uma obra-prima da literatura mundial em outra história que você realmente terá vontade de ler. Para a versão cinematográfica foi confirmada como produtora e estrela a atriz Natalie Portman ( Editora Intrínseca).
 Condenada, de Chuck Palahniuk
Qual seria a melhor maneira de propagar a sensação de estar morto? Qual seria a melhor maneira de morrer? Madison Spencer, uma garota de treze anos já sabe como fazer. Aliás, Madison está morta. Tudo isso por conta de uma possível overdose de maconha. Mas, será que alguém consegue morrer de tanto fumar?
Filha de um casal milionário de cineastas, a garota de treze anos foi criada para usufruir das melhores coisas da vida e acabou morrendo por um pequeno deslize. Já no inferno, afinal, quem morre por overdose de maconha não pode ir para o Céu, a garota se vê cercada ‘e amiga’ de um grupo um tanto quanto incomum: um nerd, um punk de cabelo azul, um possível jogador de futebol americano e uma patricinha com sapatos falsos.
E é lá, no Inferno, com mensagens diretas ao Satã, que Madison passa a conhecer os problemas da vida, afinal a imortalidade nos traz ensinamentos e questionamentos que apenas situações complicadas nos trariam. Afinal, o que temos a perder e sobre o que mais poderíamos pensar? 
Com aventuras e um toque de hilaridade, o escritor Chuck Palahniuk traz, por meio de Madison, um relato perturbador que nos toca diretamente no âmago do que acreditamos ser real. Primeiro livro de uma trilogia, ‘Condenada’ nos convida para um conhecimento profundo sobre o Inferno, o Céu, a morte e, claro, a vida (Editora Leya).
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