5 Livros que ‘legalizaram’ a Maconha em suas páginas

POSTADO POR: admin sáb, 18 de julho de 2015

Seríamos bem hipócritas se negássemos a explícita relação amorosa entre o consumo de maconha e a aclamada cultura pop. Basta você experimentar o primeiro, que corre o sério risco de começar a participar o segundo. Principalmente se for um do bom.

Entre risadas com estereótipos cômicos e obras geniais, foi através deste meio que centenas de filósofos, músicos, escritores e artistas construíram praticamente toda a estrutura cultural que nos cerca nas últimas décadas. Caso você, menino inocente, ainda não tenha percebido, grande parte da arte criada e consumida no mundo hoje em dia, possui uma parcela alucinógena em algum setor da sua fabricação, ou comercialização.

É claro que isso ocorreu graças a era de ouro da maconha durante as décadas de 60 e 70. De Jack Kerouack a Jim Morrison, a arte imprescindível criada durante este período icônico era praticamente um encorajamento aberto para a geração seguinte abrir a cabeça e fazer muita, mas muita fumaça mesmo! E se você duvida, faça uma peneira na sua própria estante e comece a separar os CDs, filmes e livros em que o autor, diretor, ator ou compositor já fumou, e tragou, a erva ‘maldita’. Mas se acaso você não encontrar nenhum exemplar que encaixe-se nesta descrição dentro da sua casa, você está no site errado… Sai daqui!
Para os demais maduros o suficiente para entender esta proposta, separamos aqui algumas obras literárias que abordam a maconha de formas diferentes, e que vão ‘chapar’ a sua mente.

✔ Baseado na Vida Real: A Realidade sobre a Maconha, de Milton Mussini
A obra que mostra várias vivências do autor em cenas da vida real, onde o protagonista é a Maconha. Sem deixar de lado os estudos técnicos sobre essa droga, que é de suma importância para o conhecimento de pais e filhos para os trabalhos de prevenção familiar. 
O autor conta fatos por ele vividos ao longo de mais de vinte anos de trabalho policial e de palestrante, em que a maconha o fez encontrar com famílias de diferentes classes sociais e culturais e suas emocionantes histórias de vida que, em sua maioria, culminaram num final não muito feliz, mas coincidentes. Assim, o leitor é conduzido a tirar as suas próprias conclusões quanto ao uso da droga, a legalização, a prevenção, o resgate dos valores sociais de conduta familiar e o amor entre pais e filhos. Diferente de tudo que existe sobre a maconha, esta obra se baseia em fatos da vida real. (Editora Ciência Moderna)

✔ Vício Inerente, de Thomas Pynchon
Um detetive particular investiga uma conspiração que envolve surfistas, traficantes, contrabandistas e uma agiota assassina e amante de jazz
O centro da história é o detetive particular Doc Sportello, espécie de Sam Spade depois de uma maratona de LSD e maconha, que é contratado por uma ex-namorada para investigar o sumiço de um poderoso barão do mercado imobiliário. Esse desaparecimento é parte de uma conspiração maior, que envolve surfistas, traficantes, contrabandistas, policiais corruptos e a temível entidade conhecida como Presa Dourada. 
Como sempre, Pynchon faz da trama um meio de destilar seu conhecimento enciclopédico acerca de tudo, da melhor técnica para se montar um penteado afro às particularidades do saxofone na surf music dos anos 1960. Isso também serve de desculpa para abordar, não raro de maneira tocante, questões comuns a todos nós. Nesse misto de erudição e humor, loucura e sensibilidade, Pynchon se firmou como um dos grandes autores da literatura contemporânea. (Companhia das Letras)

✔ História da Maconha no Brasil, de Jean Marcel Carvalho França

Esse livro traça os caminhos percorridos pela Cannabis sativa no país, desde que, por volta de 1770, o vice-rei ordenou que se cultivasse o cânhamo para a produção de cordas e velas navais. O empreendimento não deu certo, mas, por todo o Brasil, prosperou o cultivo da planta para uso recreativo – aqui introduzido por marinheiros portugueses, conhecedores e consumidores do bangue da Índia, e por escravos africanos, herdeiros do gosto pelo haxixe dos povos da Península Arábica. 
No começo do século XX, ações severas de criminalização do canabismo ganharam corpo no Brasil. Gradativamente, porém, o outrora denominado “ópio do pobre” começou a se espalhar pelas classes sociais mais abastadas e acabou se transformando em instrumento de contestação social. Para o autor, a sociedade vem deixando de considerar o canabismo um vício maldito para passar a encará-lo como um hábito privado e socialmente aceitável e a enxergar na Cannabis uma planta repleta de potencialidades econômicas. (Editora Três Estrelas)

✔ Condenada, de Chuck Palahniuk

A jornada da pequena Madison descobrindo as agruras de estar no inferno!
Qual seria a melhor maneira de propagar a sensação de estar morto? Qual seria a melhor maneira de morrer? Madison Spencer, uma garota de treze anos já sabe como fazer. Aliás, Madison está morta. Tudo isso por conta de uma possível overdose de maconha. Mas, será que alguém consegue morrer de tanto fumar?
Filha de um casal milionário de cineastas, a garota de treze anos foi criada para usufruir das melhores coisas da vida e acabou morrendo por um pequeno deslize. Já no inferno, afinal, quem morre por overdose de maconha não pode ir para o Céu, a garota se vê cercada ‘e amiga’ de um grupo um tanto quanto incomum: um nerd, um punk de cabelo azul, um possível jogador de futebol americano e uma patricinha com sapatos falsos.
E é lá, no Inferno, com mensagens diretas ao Satã, que Madison passa a conhecer os problemas da vida, afinal a imortalidade nos traz ensinamentos e questionamentos que apenas situações complicadas nos trariam. Afinal, o que temos a perder e sobre o que mais poderíamos pensar? 
Com aventuras e um toque de hilaridade, o escritor Chuck Palahniuk traz, por meio de Madison, um relato perturbador que nos toca diretamente no âmago do que acreditamos ser real. Primeiro livro de uma trilogia, ‘Condenada’ nos convida para um conhecimento profundo sobre o Inferno, o Céu, a morte e, claro, a vida. (Editora Leya)

✔ Homem Invisível, de Ralph Ellison

Este romance é um clássico da literatura americana. Publicado nos Estados Unidos pela primeira vez em 1952, tem sido constantemente republicado, citado, comentado. É desses livros que marcam não só a literatura, mas influenciam também a maneira como a sociedade reflete sobre seus problemas: a expressão “homem invisível” tornou-se uma metáfora da situação do negro na sociedade americana.
Muitas coisas extraordinárias acontecem nessa história, algumas chocantes e brutais, outras tristes e comoventes – sempre com elementos de ironia e do burlesco que aparece em lugares inesperados. As muitas pessoas que o herói encontra em sua caminhada desde uma universidade para negros no Sul racista dos Estados Unidos até o Harlem, em Nova York, são notavelmente significativas. Com elas, ele se envolve em surpreendentes aventuras, levado por suas próprias ilusões e pela duplicidade e cegueira dos outros. (Editora José Olympio)

Esses são alguns exemplos que apresentam personagens usuários ou abordam o tema diretamente, mas sempre vale ressaltar que esta lista não está completa. Então, caso eu tenha deixado de mencionar algum livro que você acha que deveria estar aqui, basta indicá-lo nos comentários.


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