5 Livros que farão você despedir o seu patrão e sair do seu emprego

POSTADO POR: admin ter, 07 de abril de 2015

Se você é uma pessoa realmente feliz com o seu trabalho, então deve concordar que faz parte de uma minoria privilegiada cada vez mais rara de se encontrar hoje em dia. A grande maioria encontra-se aprisionada a um emprego que detesta, exercendo o dobro do trabalho exigido pelo qual é pago, sendo parte deste esforço usado para executá-lo e outra parte para suportá-lo. Enfim, poucos são aqueles que carregam a coragem necessária para abandonar este estado estático e ousar vôos mais altos na vida.

Para aqueles que não faltam vontade de mudança e almejam respirar outros ares, aprender novas habilidades e investir em outros projetos, mas precisam de um fonte inspiradora para dar início a esse processo, listamos aqui alguns livros que, com certeza, farão você espiar por cima das cercas do lugar onde trabalha agora.
✔ Matteo Perdeu o Emprego, de Gonçalo M. Tavares
Matteo responde a um anúncio de emprego. Toca à campainha e uma mulher recebe-o. Mas a mulher apresenta uma particularidade estranha. É a primeira proposta de trabalho de Matteo em muitos meses: aceita-a. Mas Matteo não suporta aquele ofício durante muito tempo. Responde a um novo anúncio. Toca à campainha e um homem abre a porta e recebe-o. De novo, a mesma particularidade estranha.
Tudo pode parecer banal se não for olhado com atenção. Este livro nos convida a refletir sobre verdade tão simples. Um homem a correr ao redor de uma rotunda pode ser só um homem a correr ao redor de uma rotunda ou pode ser uma ligação para outra pessoa que o olha pela janela. Como peças de um dominó, as personagens que você vai conhecer aqui vão se tocando, umas às outras, até chegarmos a Matteo, o homem que perdeu o emprego. Um curioso sistema de ligações, associando ficção a um ensaio que nos surpreende no final (Editora Foz).
✔ On The Road, de Jack Kerouac
Como o gemido lancinante e dolorido de “Uivo”, de Allen Ginsberg, o brado irreverente e drogado de “Almoço Nu”, de William Burroughs, ou a lírica emocionada e emocionante de Lawrence Ferlinghetti, “On the Road” escancarou ao mundo o lado sombrio do sonho americano. A partir da trip de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriarty –, de Paterson, New Jersey, até a costa oeste dos Estados Unidos, atravessando literalmente o país inteiro a partir da lendária Rota 66, Jack Kerouac inaugurou uma nova forma de narrar.
Em abril de 1951, entorpecido por benzedrina e café, inspirado pelo jazz, Kerouac escreveu em três semanas a primeira versão do que viria a ser “On the Road”. Uma prosa espontânea, como ele mesmo chamava: uma técnica parecida com a do fluxo de consciência. Mas o manuscrito foi rejeitado por diversos editores e o livro foi publicado somente em 1957, após alterações exigidas pelos editores.
A obra-prima de Kerouac foi escrita fundindo ação, emoção, sonho, reflexão e ambiente. Nesta nova literatura, o autor procurou captar a sonoridade das ruas, das planícies e das estradas americanas para criar um livro que transformaria milhares de cabeças, influenciando definitivamente todos os movimentos de vanguarda, do be bop ao rock, o pop, os hippies, o movimento punk e tudo o mais que sacudiu a arte e o comportamento da juventude na segunda metade do século XX (Editora L&PM).
✔ Coelho Corre, de John Updike
Ambicioso panorama da vida norte-americana nas últimas três turbulentas décadas, a série de quatro romances em que John Updike recria a trajetória de um americano comum, Harry Angstrom, o Coelho, tem início com este Coelho corre, lançado em 1960 – os outros são Coelho em crise (1971), Coelho cresce (1981) e Coelho cai (1990).
Harry “Coelho” Angstrom tem 26 anos e é uma antiga estrela do basquetebol. Casado com a sua namorada do liceu (alcoólica e grávida do segundo filho), vive nos subúrbios da Pennsylvania e é vendedor de acessórios de cozinha. “Coelho” começa a sentir que a sua vida não faz sentido e que só tem duas hipóteses: tentar fazer com que a sua vida seja melhor ou fugir. Decide fugir e abandona a família. Quando parte em direção a Virgínia encontra o seu antigo treinador que o apresenta a Ruth, uma prostituta, e nessa mesma noite começam a viver juntos. “Coelho” só não sabe o que o futuro lhe reserva…
Neste volume, o jovem Coelho, ao se confrontar com uma vida que lhe parece mesquinha e sufocante, despede-se de suas ilusões juvenis, mas não abandona a inquietação existencial que o torna um dos personagens mais interessantes da literatura contemporânea (Companhia das Letras).
✔ O Precariado – A nova classe perigosa, de Guy Standing
Nos anos 1970, economistas neoliberais passaram a defender a ideia de que o crescimento e o desenvolvimento dependiam da competitividade do mercado. A partir daí, a maximização da concorrência e a licença para que os princípios de mercado de trabalho permeassem todos os aspectos da vida moldaram uma nova classe social mundial, emergente e ainda em formação: o “precariado”.
O precariado: A nova classe perigosa é uma obra necessária e urgente, que apresenta as características desse novo grupo e oferece aos leitores uma sólida reflexão política e socioeconômica que compreende a nova ordem social global e responde aos anseios dos indivíduos dessa nova classe, que não se sentem ancorados em uma vida de garantias trabalhistas, não possuem empregos permanentes e muitas vezes nem sequer sabem que integram a classe dos precariados.
Aqueles que estão no precariado carecem de autoestima e dignidade social em seu trabalho; devem procurar por esse apreço em outro lugar, com sucesso ou não. Se forem bem-sucedidos, a inutilidade das tarefas que são obrigados a fazer em seus empregos efêmeros e indesejáveis pode ser reduzida, na medida em que a frustração de status será diminuída. Mas a capacidade de encontrar a autoestima sustentável no precariado quase sempre é vã. Existe o perigo de se ter uma sensação de engajamento constante, mas também de estar isolado no meio de uma multidão solitária.
O resultado é uma crescente massa de pessoas – em potencial, todos nós que estamos fora da elite, ancorada em sua riqueza e seu desapego da sociedade – em situações que só podem ser descritas como alienadas, anômicas, ansiosas e propensas à raiva. O sinal de advertência é o descompromisso político. A esperança consiste em investir na liberdade associativa (Editora Autêntica).
✔ Maestria, de Robert Greene
Além de serem considerados mestres no que faziam o que Mozart, Leonardo da Vinci e Thomas Edison têm em comum? Como foi que alcançaram a excelência? Que escolhas fizeram com que se destacassem tanto de seus contemporâneos? 
Após realizar um grande estudo de várias personalidades fascinantes e bem-sucedidas – entre políticos, estrategistas, artistas, cientistas e inventores -, Robert Greene percebeu que todas essas pessoas, independentemente de sua área, da cultura a que pertenciam ou do momento histórico, seguiram um padrão similar em suas conquistas. E concluiu que o caminho para a maestria pode ser percorrido por qualquer um de nós. 
Neste livro, Greene examina pesquisas recentes sobre cognição e criatividade, e derruba os mitos da sorte e da genialidade inata, propondo uma maneira radical de examinar a inteligência humana. Ele explica o que é necessário para uma pessoa comum se tornar um mestre: a capacidade de se dedicar totalmente a um tema de seu interesse, a insistência em um aprendizado contínuo e focado, a liberdade criativa adquirida com o domínio da habilidade e a coragem de ser diferente e enfrentar desafios (Editora Sextante).
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