5 Livros para te ajudar a entender melhor as mulheres

POSTADO POR: admin qui, 03 de novembro de 2016

“Afinal, o que querem as mulheres?” Desde que o mundo é mundo os homens repetem essa pergunta retórica, sem nem mesmo chegar perto de sua resposta. E assim a compreensão entre os gêneros segue pelas eras passando por ciclos de conflitos, sem qualquer deslumbre de um feliz entendimento entre as partes. Mas nem por isso vamos desistir de tentar.

As tensas relações que desenvolvemos entre as mulheres de nossas vidas, sejam elas namoradas, irmãs, filhas, ou até mães, é uma sina que até pode ser amenizada, mas parece que jamais solucionada. Como um livro que deve ser escrito capítulo por capítulo.
Para te ajudar nessa empreitada, aqui estão alguns livros que podem te orientar durante esse processo complicado.
✔ O Diário de Bridget Jones (Helen Fielding)

Desde as primeiras linhas deste diário, você vai achar que já conhece Bridget Jones de algum lugar. Ela está na faixa dos 30 anos, é solteira, mora numa cidade grande, quer parar de fumar, acha que está marcando passo no emprego, tomou a firme resolução de fazer ginástica três vezes por semana e assumiu o compromisso de não chegar ao fim do ano sem aprender e programar o videocassete. Parece familiar? Então aqui vão outras características de Bridget. Desconfia dos livros de auto-ajuda, mas não resiste a dar uma olhadinha neles.

É um desastre na cozinha, mas fantasia jantares inesquecíveis com o auxílio de livros de culinária. Banca a mulher independente, mas não passa uma noite sem sonhar com o príncipe encantando. Sofre com a idéia de não receber presente no Dia dos Namorados, mas em seguida, se convence de que está é só uma data comercial. Ainda se espanta com homens que desaparecem depois do quarto encontro porque a relação está ficando muito séria. Agora você tem certeza que a conhece, não é? O mundo está mesmo cheio de Bridgets. Por isso, este livro fez tanto sucesso na Inglaterra (onde foi escrito), nos Estados Unidos, na França e onde mais tenha sido lançado. É impossível ler o diário de Bridget Jones e não identificá-la. Ou não se identificar com ela. (Editora Paralela)

✔ Do que é feito uma garota (Caitlin Moran)
Wolverhampton, em 1990, parece uma cidade a que algo terrível aconteceu!
Talvez tenha acontecido de fato. Talvez seja Margaret Thatcher, talvez seja a vergonha que Johanna Morrigan passou num programa da TV local aos catorze anos. Nossa protagonista decide então se reinventar como Dolly Wilde – heroína gótica, loquaz e Aventureira do Sexo, que salvará a família da pobreza com sua literatura. 
Aos 16 anos, ela está fumando, bebendo, trabalhando para um fanzine de música, escrevendo cartas pornográficas para rock stars, transando com todo tipo de homem e ganhando por cada palavra que escreve para destruir uma banda. Mas e se Johanna tiver feito Dolly com as peças erradas? Será que uma caixa de discos e uma parede de pôsteres bastam para se fazer uma garota? (Companhia das Letras)

✔ Carol (Patricia Highsmith)
Em plenos anos 50, a escritora Patricia Highsmith lançou Carol – primeiro romance que aborda uma relação amorosa entre mulheres com um final feliz. O polêmico livro foi publicado na época como The price of salt, sob o pseudônimo de Claire Morgan. Na história, Therese Belivet trabalha como vendedora na seção de bonecas de uma loja de departamentos. O emprego funciona como um bico para juntar dinheiro – o que ela de fato quer é construir uma carreira como cenógrafa de teatro. É época de Natal em Nova York, e a loja está lotada. Em meio a tantos rostos desconhecidos, Therese fica hipnotizada ao ver uma distinta cliente se aproximar. É Carol. 
Assim começa o romance entre a jovem Therese e Carol – recém-separada e mãe de uma filha -, um amor repentino e fatal, que se transforma em uma constante troca de experiências. Mas, numa tentativa de escapar dos olhares reprovadores dos amigos e familiares, elas saem de carro em uma viagem pelos Estados Unidos. Essa aventura acaba se tornando perigosa quando elas percebem que estão sendo seguidas por um detetive. (Editora L&PM)

✔ Sobre a Beleza (Zadie Smith)
Howard Belsey é inglês, branco, professor de história da arte e vive há anos em Wellington, cidade universitária da costa leste dos Estados Unidos. É um liberal radical, especialista em defender as cotas universitárias e desmascarar os mitos de beleza e gênio artístico que nos enganam e oprimem. É casado com Kiki, uma enfermeira negra americana, e tem três filhos: Jerome, Zora e Levi.
A vida dos Belsey se complica quando Jerome vai para a Inglaterra fazer um estágio com Monty Kipps, negro, professor ultraconservador e maior inimigo de Howard. Jerome se apaixona pela filha de Monty, Victoria. O caso é dissolvido,mas pouco tempo depois toda a família Kipps se muda para Wellington. Quando as vidas dessas duas famílias se entrelaçam, uma série de embates acadêmicos, relações extraconjugais e choques entre identidades culturais forçam os Belsey e os Kipps a reverem suas convicções teóricas e o lugar da beleza e do amor em sua vida.
Com um olhar que penetra fundo nas sutilezas da vida familiar e um talento narrativo extraordinário, Zadie Smith leva cada um de seus personagens a confrontar suas escolhas, crenças e identidades, mostrando a facilidade com que as certezas podem se tornar ilusões. (Companhia das Letras)

✔ Livre: A Jornada de Uma Mulher em Busca do Recomeço (Cheryl Strayed)
Aos 22 anos, Cheryl Strayed achou que tivesse perdido tudo. Após a repentina morte da mãe, a família se distanciou e seu casamento desmoronou. Quatro anos depois, aos 26 anos, sem nada a perder, tomou a decisão mais impulsiva da vida: caminhar 1.770 quilômetros da chamada Pacific Crest Trail (PCT) – trilha que atravessa a costa oeste dos Estados Unidos – sem qualquer companhia. Cheryl não tinha experiência em caminhadas de longa distância e a trilha era bem mais que uma linha num mapa. “Minha caminhada solitária de três meses pela costa oeste teve muitos começos. Mas, na realidade, minha caminhada começou antes de eu sequer imaginar empreendê-la, mais precisamente quatro anos, sete meses e três dias antes, quando estava em um pequeno quarto da Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota, e soube que minha mãe ia morrer”, escreve a autora. 
O contato de Cheryl com a vida selvagem tem antecedentes. Ao completar 10 anos, sua família mudou-se para a área rural de Minnesota. Não havia eletricidade, água corrente, banheiro interno – nada, entretanto, que se comparasse ao que enfrentou na caminhada solitária. Como se não bastassem a exaustão, o frio, o calor, a dor, a sede e a fome, Cheryl tinha ainda que enfrentar outros fantasmas. “Todo processo de transformação pessoal depende de entrega e aceitação”, afirma. (Editora Objetiva)

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