5 Livros em que os ‘caras maus’ ganham no final

POSTADO POR: admin qui, 11 de fevereiro de 2016

A maioria dos enredos da ficção seguem uma regra genéria pré definida muito simples quando se trata da eterna luta do bem contra o mal. No fim, o bem sempre triunfa contra todas as probabilidades, e tudo volta ao normal novamente. Independente do gênero em questão, da fantasia a ficção científica, alguns antagonistas mais carismáticos conseguem conquistar a nossa torcida, mesmo que saibamos que sua derrota é eminente e inevitável. Mas caso você já esteja cansado de heróis bonzinhos que salvam o mundo milagrosamente, mesmo quando o mal nitidamente têm chances maiores de vencer esse confronto, então preparamos essa lista para você.

Seguindo a premissa do próprio DpM, nós compilamos um punhado de livros que quebram esse paradigma, e, contrariando as estatísticas, os vilões (ou o mal como um todo) finalmente vencem no final.
✔ Prince Of Thorns, de Mark Lawrence
Ainda criança, o príncipe Honório Jorg Ancrath testemunhou o brutal assassinato da Rainha mãe e de seu irmão caçula, William. Jorg não conseguiu defender sua família nem fugir do horror. Jogado à própria sorte num arbusto de roseira-brava, ele permaneceu imobilizado pelos espinhos que rasgavam profundamente sua pele, e sua alma.
O príncipe dos espinhos se vê, então, obrigado a amadurecer para saciar o seu desejo de vingança e poder. Vagando pelas estradas do Império Destruído, Jorg Ancrath lidera uma irmandade de assassinos, e sua única intenção é vencer o jogo. O jogo que os espinhos lhe ensinaram (DarkSide Books).
 A Família Corleone, de Ed Falco
Baseado no roteiro do autor de O Poderoso Chefão.
Nova York, 1933. Enquanto os Estados Unidos afundam na Grande Depressão, as associações criminosas prosperam com a venda de álcool e outros negócios escusos. Porém, percebendo a proximidade do fim da Lei Seca, uma guerra entre as famílias ligadas à máfia é inevitável, iniciada pela poderosa família de Guiseppe Mariposa, o que irá determinar qual organização ascenderá e qual será eliminada. 
Nesse cenário, Vito Corleone busca o melhor para sua família, distanciando-a de suas atividades, mas seu filho mais velho Sonny não está inclinado a se afastar e seu filho adotivo Tom Hagen parece estar cada vez mais envolvido. Então resta ao justo e implacável Don garantir que o legado dos Corleones seja mantido (Editora Record).
 Suicidas, de Raphael Montes
Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – aparentemente sem problemas – a participar de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. 
Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte de seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo maior começa a se revelar. (Editora Benvirá)
 A Filha do Sangue, de Anne Bishop
O Reino Distorcido se prepara para o cumprimento de uma antiga profecia: a chegada de uma nova Rainha, a Feiticeira que tem mais poder que o próprio Senhor do Inferno. Mas ela ainda é jovem, e por isso pode ser influenciada e corrompida. Quem a controlar terá domínio sobre o mundo.
Três homens poderosos – inimigos viscerais, sabem disso. Saetan, Lucivar e Daemon logo percebem o poder que se esconde por trás dos olhos azuis daquela menina inocente. Assim começa um jogo cruel, de política e intriga, magia e traição, no qual as armas são o ódio e o amor. E cujo preço pode ser terrível e inimaginável (Editora Saída de Emergência).
 Malditos Paulistas, de Marcos Rey
Malditos Paulistas, como grande parte da obra de Marcos Rey, se desenrola em São Paulo, cidade que ele amava e da qual conhecia ate os alçapões e buracos dos ratos. Sobretudo, dos ratos humanos, aqueles que fazem da malandragem e da esperteza – no sentido brasileiro e malicioso da palavra – um meio de sobrevivência e, por vezes, de enriquecimento.
A diferença do romance em relação aos demais e que o herói deste livro (se e que existem heróis na obra de Marcos Rey) e um carioca perdido na Pauliceia, onde fora tentar a vida depois de inúmeros fracassos. E ele quem narra suas aventuras, venturas e desventuras paulistanas. Com seu habitual cinismo e humor corrosivo, Marcos Rey mistura em doses precisas o picaresco e o policial para embalar o leitor numa historia repleta de peripécias e de suspense, mas que não deixa de ser também um romance de costumes, um corte transversal nos diversos segmentos sociais da capital paulista. Empregado como motorista na casa do milionário Paleardi, Raul, o Carioca, descobre na garagem da casa do patrão um boneco parecido com a Carmen Miranda que, sabe?se lá por qual razão, aguça seu senso de Sherlock. A partir desse fato prosaico, a ação se acelera: o narrador se torna amante da patroa, para logo ser desprezado, e acusado de furto de joias, conhece a prisão, retorna ao emprego, conhece um novo amor, e expulso novamente da mansão, descobre a joia que fora acusado de roubar, recupera o bom nome e desvenda o mistério da fortuna do patrão.
Como em toda a sua obra, Marcos Rey expõe aqui a sua desilusão, mas também a sua tolerância, com o ser humano, egoísta e interesseiro, acionado pelos mecanismos do sexo e da ambição, num mundo dissoluto e maldito. Malditos humanos (Editora Global)!
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