5 Livros clássicos que influenciaram pessoas famosas

POSTADO POR: admin qui, 22 de outubro de 2015

Reza a lenda que, quando alguém lê o livro certo, no lugar certo, e no momento certo da sua vida, ele pode gerar um efeito profundo capaz de ressoar para o resto do mundo. Parece que esse é o caso de todas as pessoas notórias relacionadas abaixo. Além de serem considerados extremamente bem sucedidos em suas carreiras, um outro fator em comum é que todos afirmam que leram algum livro em determinado momento de suas vidas, que provocaram mudanças significativas em sua existência.

E se essas pessoas um dia foram influenciados por livros, por sua vez, consequentemente produziram um trabalho que acabou influenciando o mundo como um todo, na ciência, política, tecnologia e até mesmo na cultura pop.
James Dean (O Pequeno Príncipe)

Durante a curta vida de James Dean, o ator participou de apenas três filmes. Todos considerados clássicos, tanto que ele foi postumamente nomeado para dois prêmios. Seu breve estrelato ainda é lembrado 60 anos após ele ter morrido em um trágico acidente de carro com apenas 24 anos, em 30 de setembro de 1955.
O livro era tão importante para Dean que seu melhor amigo e biógrafo William Bast, escreveu sobre isso em uma inscrição no seu memorial construído perto do local do acidente. A inscrição começa com o trecho favorito de Dean, dizendo: “O que é essencial é invisível aos olhos.”, e segue explicando que Esta citação de ‘O Pequeno Príncipe’ foi provavelmente a favorita de James Dean . Ela parecia ter um significado profundo e pessoal para ele, e ele a leu diversas vezes, especialmente com aqueles quem amava “.

J. K. Rowling (Emma)

Em plena era moderna dominada pela tecnologia, JK Rowling conseguiu executar a difícil proeza de levar milhões de crianças até as páginas de um livro. Indo além disso, suas obras transcenderam as fronteiras da literatura infantil e hoje são amados por pessoas de todas as idades.
O livro que influenciou Rowling é mais um trabalho da sua escritora favorita: Emma, de Jane Austen, publicado em 1815. Uma comédia de costumes sobre uma jovem mulher inteligente, rica e bonita. Emma é solteira e não tem qualquer pretensão em se casar, mas adora se envolver com o ‘amor da vida’ de outras pessoas. Rowling afirma que o que mais a impressionava na história era o misterioso relacionamento envolvendo dois dos personagens, Frank Churchill e Jane Fairfax. Além de amar a obra cor causa do seu desenvolvimento e identificar-se com a protagonista, ela completa dizendo que não importa o quanto escreva, nunca será capaz de produzir uma trama tão boa quanto o de Emma.

Kurt Cobain (Perfume: A História de um Assassino)

Homem de frente da banda Nirvana, Kurt Cobain é frequentemente citado como a voz de sua geração. Para muitos fãs, ele foi capaz de articular o desencanto e a raiva que sentiam na época. O Nirvana mudou para sempre a cultura americana, e sua morte em 20 de abril de 1994 foi um dos momentos mais marcantes da década de 1990.
O livro que teve a maior influência sobre Cobain foi um romance alemão de 1985 intitulado ‘Perfume: A História de um Assassino’, de Patrick Suskind. O livro é lembrado por sua percepção sensorial transcender a natureza, tornando-se uma leitura muito envolvente ao trabalhar com odores. Perfume se passa em uma Paris suja do século 18, e é sobre um órfão chamado Jean-Baptiste Grenouille que tem uma relação única com os aromas. O garoto tem um nariz incrivelmente sensível, capaz de dissecar cheiros como um chef sendo capaz de quebrar o gosto individual de ingredientes em uma receita. Ele pode cheirar o mundo da mesma forma que o Demolidor da Marvel “vê” o seu.
Os paralelos entre Perfume e vida de Cobain são bastante óbvios, especialmente pelo final de ambos. Cobain disse que leu o romance pelo menos umas 10 vezes, e sempre mantinha um exemplar do livro com ele. A história é também a base para a música “Scentless Apprentice” do álbum In Utero do Nirvana.
Mark Zuckerberg (Eneida)
Quando Mark Zuckerberg adicionou as suas preferencias em seu perfil no Facebook, ele relatou a obra Ender’s Game: O Jogo Do Exterminador, de Orson Scott Card, como o seu livro favorito. Mais tarde, em uma entrevista para o The New Yorker, Zuckerberg esclareceu que o clássico sci-fi é uma história que gostava muito, mas que o seu livro favorito era mesmo o Eneida, de Virgílio.
O Eneida é um poema latino épico que foi escrito em algum momento entre 29-19 AC. É sobre um grupo de sobreviventes de Tróia, liderados por Eneias, que deixam a cidade após ela ser destruída pelos gregos. Até que ele descobre que o seu destino é alcançar os pilares de Roma. Enéias e seus companheiros sobreviventes se lançam em uma viagem longa e difícil que, apesar das dificuldades, seguem em frente porque sentem que o seu destino é construir o reino mais magnífico que o mundo já viu.
Zuckerberg explica que leu o livro quando estava no colégio durante as aulas de latim. Existe claros paralelos entre a vida de Zuckerberg e do personagem. O criador do Facebook teve sua própria jornada para criar a maior rede social do mundo, e ele mesmo afirma que a história de Enéias serviu para ele seguir com o seu destino e construir uma cidade que “não conhece fronteiras de tempo ou grandeza.”
Albert Einstein (Tratado da natureza Humana)
Albert Einstein foi uma das maiores mentes de todos os tempos. Seu nome é sinônimo de genialidade até os dias hoje. Tanto, que fica até difícil imaginar um livro que tenha sido capaz de influenciar um cérebro dessa grandeza. Mas isso ocorreu comTratado da natureza Humana’, de David Hume, publicado em 1738.
Hume foi um filósofo escocês conhecido por suas contribuições para o ceticismo filosófico. O ‘Tratado da Natureza Humana’, que na verdade é dividido em três volumes, foi a tentativa de Hume de olhar para a filosofia de uma maneira diferente. É um livro bem complicado que só pode mesmo ser explicado por alguém como Einstein. Nessa obra, Hume argumentou sobre praticamente tudo, desde a vida por ser descoberta a partir de suas experiências, até seu ceticismo sobre o espaço, tempo, conhecimento e probabilidade, incluindo a natureza da causa e efeito. No Livro II, “Das paixões”, ele fala sobre primeiras e segundas impressões, e como nossas ações são afetados pela razão e paixão. E no terceiro livro sobre “moral”, ele argumenta que a moralidade não é baseada na lógica, mas é nos sentimentos.
Einstein mencionou algumas vezes que este livro teve uma grande influência sobre sua vida. Ele o leu pouco antes de surgir com a sua famosa teoria da relatividade. Em uma carta, Einstein disse que a obra o ajudou a formular suas idéias, era como se ele já as tivesse incubadas em seu cérebro, e Hume ajudou a organizá-las.

Veja Também: